Estudo mostra que áreas protegidas reduzem emissões de carbono


O relatório intitulado "Redução das Emissões de Carbono do Desmatamento no Brasil: o papel do programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) foi lançado na manhã desta quarta-feira, 19 de agosto, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O estudo mostra que as áreas protegidas apoiadas pelo Arpa, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, têm potencial para reduzir um total de 1,1 bilhão de toneladas de emissões de carbono por desmatamento e a degradação florestal até 2050.

Participaram da elaboração do documento o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a Frente Parlamentar Ambientalista e o WWF-Brasil. Durante o lançamento do estudo, o coordenador do programa Arpa, Anael Aymoré, comentou os resultados obtidos em 2009 e as perspectivas para a segunda fase do programa. Além da ampliação das metas, Aymoré também abordou a interface do Arpa com o Programa Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. A programação ainda contou com um painel do WWF-Brasil sobre o papel do sistema de unidades de conservação frente às mudanças climáticas.

Relatório

De acordo com o estudo, o Arpa tem como meta garantir a proteção de ecossistemas amazônicos até 2016, sobretudo florestas, em unidades de conservação abrangendo um total de 563 mil km2 - uma área equivalente ao estado de Minas Gerais. Neste trabalho, avaliou-se pela primeira vez o papel global das áreas protegidas na Amazônia brasileira e, particularmente, daquelas apoiadas pelo programa na redução do desmatamento regional e de suas emissões de carbono.

A partir de análises de dados de desmatamento entre 2002 e 2007, foram calculadas as probabilidades históricas de desmatamento em cada uma das 521 áreas protegidas existentes na Amazônia, o que inclui áreas de proteção integral, uso sustentável, áreas militares e terras indígenas - e comparadas com as probabilidades de desmatamento em suas respectivas zonas de entorno com largura incrementais de 10 km, 20 km e 50 km. Os resultados indicaram que as áreas protegidas são, de fato, inibidoras do desmatamento. A probabilidade de ocorrer desmatamento nas zonas de entorno das áreas protegidas é em até dez vezes superior àquela do seu interior e cresce em direção às zonas mais distantes dos limites das áreas protegidas.

LeiA o estudo completo aqui http://www.climaedesmatamento.org.br/uploads/livros/a115650ebc23468ddb04615b2a270e03e480df44.pdf

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