Cientistas apresentam estratégia para limitar o aquecimento global


Embora não tenham chegado a nenhum acordo sobre o que fazer, os países reunidos em Copenhague concordaram que uma ação substancial é necessária para limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus Celsius até o final deste século.

Mas uma ação em que direção? Quais caminhos a ciência mostra aos políticos para que eles possam tomar atitudes que se mostrem eficazes e produzam os resultados esperados?

Limite do aquecimento global

Veerabhadran Ramanathan e Xu Yangyang, pesquisadores da Instituição Scripps de Oceanografia, ligada à Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram três caminhos através dos quais os países com maiores níveis de emissão de gases de efeito estufa podem evitar atingir esse limite de aquecimento.

Este limiar, segundo muitos cientistas do clima, é um ponto além do qual as mudanças climáticas poderão apresentar consequências negativas incontroláveis para a sociedade.

"Sem uma abordagem integrada que combine redução das emissões de dióxido de carbono com reduções de outros aquecedores do clima, e sem leis contra a poluição climaticamente neutra, estamos certos que ultrapassaremos o limiar de 2 º C durante este século", disse Ramanathan.

Abordagens de baixo impacto

No entanto, acrescenta ele, "Eu estou muito entusiasmado com a disponibilidade de várias abordagens de baixo impacto que podem nos ajudar a evitar alterações climáticas incontroláveis."

Usando uma síntese das pesquisas climáticas realizadas nos últimos 20 anos, Xu e Ramanathan descrevem três passos que devem ser tomados para evitar ultrapassar o limite do aquecimento.

Eles salientam que o controle de dióxido de carbono isoladamente não é suficiente para atingir esse objetivo.

Medidas para conter o aquecimento global

A primeira medida defendida pelos cientistas consiste na estabilização das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera.

A segunda defende a criação de leis que limitem a poluição do ar pela emissão de compostos que são neutros em termos de aquecimento global. Essas leis poderiam equilibrar a remoção de aerossóis que têm um efeito de resfriamento da atmosfera, com a retirada dos agentes de aquecimento, tais como a fuligem e o ozônio.

Em terceiro lugar, os dois cientistas defendem ações que visem o resfriamento do clima por meio de reduções de metano, hidrofluorocarbonos e outros gases que perduram na atmosfera por curtos períodos de tempo..

Eles acreditam que o adoção simultânea destas estratégias poderia reduzir a probabilidade de atingir o limiar de temperatura para menos de 10 por cento antes do ano 2050.

Energia radiante

O limiar de 2 graus Celsius para o aumento da temperatura global se traduz em um aumento de energia radiante de 2,5 watts por metro quadrado. Ramanathan e Xu destacam que mesmo se as emissões de gases de efeito de estufa pararem de aumentar nos próximos cinco anos, as atividades humanas "provavelmente" gerarão quase o dobro dessa quantidade de energia radiante.

Esse excesso de energia radiante, porém, é parcialmente compensado pelo efeito de mascaramento de certos tipos de aerossóis que são produzidos em grande parte pela poluição, segundo eles.

Incertezas

Minúsculas partículas de sulfatos e outros poluentes servem para resfriar a atmosfera, refletindo a luz solar ao invés de absorvê-la, direcionando o calor para longe da superfície da Terra.

Por isso, afirmam os autores, as medidas de controle da poluição devem levar em conta e contrabalançar o aquecimento global que vai acontecer quando estes poluentes forem removidos da atmosfera.

Ramanathan e Xu reconhecem que há muitas incertezas sobre a natureza e o papel dos aerossóis e da sensibilidade do clima às ações de mitigação, o que torna difícil de calcular com precisão os efeitos das ações que eles sugerem.

Fonte: Inovação Tecnológica

Chefe do IAP entrega 70 licenças ambientais em Matelândia


No último dia 20, na prefeitura de Matelândia, o chefe regional Irineu Ribeiro entregou licenciamentos ambientais

Lilian Céspedes

Após o trabalho realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Escritório Regional de Foz do Iguaçu – ERFOZ 70 propriedades podem reutilizar o material lenhoso de árvores nativas.

Os pedidos de licenças começaram a surgir após um vendaval que atingiu a cidade de Matelândia. O chefe regional do IAP Irineu Ribeiro esteve presente no município após o vendaval auxiliando no manejo das árvores que haviam caído. Depois do auxílio, empreendedores da região fizeram o pedido da licença no IAP. Os processos foram atendidos, sendo entregues na prefeitura.

De acordo com o chefe regional, com estes licenciamentos em mãos, os moradores de Matelândia têm a oportunidade de construir barracões, móveis e demais necessidades. “As árvores já caídas no vendaval, serão utilizadas para o bem da comunidade, e não será prejudicial à natureza, pois elas não foram cortadas pela mão humana; sabemos que esta ação já era esperada, e o IAP cumpre o seu papel mais uma vez, colaborando com os municípios”, comentou Irineu Ribeiro.

Para Roberto Câmara, que representou a secretaria do meio ambiente de Matelândia durante a entrega das licenças, estes licenciamentos já eram muito aguardados pelos moradores da região, mesmo com pouco tempo de espera, os agricultores podem confeccionar as necessidades. “Nós agradecemos ao chefe regional Irineu Ribeiro, pela atenção ao nosso problema aqui no município, sem dúvida os licenciamentos irão contribuir de forma sustentável para as necessidades dos moradores, que de certa forma também foram prejudicados com as árvores que caíram, agora podem ser recompensados”, explica Câmara.

Brasil pode receber para preservar florestas

Em uma negociação informal, países desenvolvidos concordaram em repassar US$ 3,5 bilhões entre 2010 e 2012 para uma espécie de “REDD interino”, de acordo com a diretora da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Thais Juvenal.

No fim deste mês, em uma reunião na Noruega, as partes deverão acertar a distribuição dos recursos.

“É um mecanismo interino, para funcionar antes do REDD, entre 2010 e 2012, quando esperamos ter um acordo formal fechado. Esse dinheiro será investido na preparação de projetos e em atividades demonstrativas. O Brasil tem grande chance de receber quantidade significativa de recursos”, contou Thais após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados.


O REDD é um dos pontos mais avançados na negociação climática. Apesar do fracasso na reunião da ONU em Copenhague, em dezembro, países ricos e pobres concordam que as florestas têm papel fundamental na redução de emissões globais de gases de efeito estufa. “A proposta está muito amadurecida. Tivemos muitos consensos em Copenhague”, disse Thais.

Apesar dos avanços, ainda há questões fundamentais a serem resolvidas. O financiamento não está definido e não se sabe se o REDD será um mecanismo específico ou se fará parte das Ações Nacionais de Mitigação, as chamadas Namas, no jargão climático.

Mesmo sem a definição da regulamentação internacional, tramita na Câmara um projeto de lei para criar um crédito de carbono específico para o REDD. A iniciativa, segundo a representante do MMA, corre o risco de se sobrepor à negociação da ONU.

“Acho que começamos a discussão pelo fim. Não precisamos de um sistema de créditos, mas de sistemas de monitoramento e de inventários. Isso é o que vai atrair recursos, mesmo que não sejam na forma de créditos [de carbono]“, avaliou.

O diretor-geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, também recomendou cautela na aprovação de leis nacionais sobre o tema antes da definição da ONU, que pode sair na próxima Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), em dezembro, no México.

“O projeto de lei deve ter flexibilidade necessária para abrigar regras que serão definidas na regulamentação internacional. A lei não deve entrar em matéria de legislação internacional.”

Representantes de organizações ambientalistas e de comunidades tradicionais da Amazônia aproveitaram a audiência para defender a inclusão dos povos da floresta na discussão dos projetos e garantir que sejam os principais beneficiados na divisão dos recursos.

A relatora do projeto, deputada Rebecca Garcia (PP-AM), disse que a proposta não pretende se adiantar às regras da ONU e que ainda deve ouvir mais especialistas antes de fechar o texto. “Não queremos nem temos competência para sobrepor a legislação internacional. Mas a intenção é ter algo aprovado ainda este ano para o Brasil levar uma proposta consistente para a COP-16.”

Brasil é o país que causa maior impacto ao meio ambiente

Pesquisadores elaboraram dois rankings de países que mais degradam o meio ambiente. Em uma das listas, a que considera o impacto absoluto de cada nação, o Brasil aparece como o pior país, graças ao desmatamento

Bruno Calixto

Um estudo publicado na revista científica PloS One (www.plosone.org) identificou o Brasil como um dos países que mais causam danos ao meio ambiente. A pesquisa, intitulada "Evaluating the Relative Environmental Impact of Countries", foi produzida por pesquisadores da Universidade de Adelaide, Austrália, e publicada no dia 9 deste mês.

O artigo compara o estado da degradação do meio ambiente em mais de 170 países, utilizando diversos critérios, como crescimento da população de cada país, desmatamento, poluição marinha e perda da biodiversidade. O documento também apresenta dois rankings de países que mais causam impacto à natureza.

Segundo os autores, o objetivo do ranking é identificar as nações mais bem sucedidas na condução de políticas para reduzir a degradação ambiental, e também apontar as políticas que falharam. "Nosso objetivo aqui é apresentar métricas simples para medir os impactos ambientais - absolutos ou proporcionais - dos países", diz o estudo, em livre tradução do inglês.

Em uma das listas, a que considera o impacto ambiental de maneira absoluta, isto é, sem considerar o tamanho do país ou a quantidade de recursos naturais disponíveis, o Brasil foi classificado como o país que causa mais impacto no meio ambiente.

O principal motivo para que o Brasil tenha sido considerado o pior para o meio ambiente, na lista absoluta, é o desmatamento. O país é o primeiro no critério de perda de floresta natural e o terceiro em conversão do habitat natural. O Brasil também foi classificado como quarto no total de espécies ameaçadas e na quantidade de emissões de CO2.

"De uma perspectiva global, os países mais populosos e economicamente influentes tiveram o maior impacto ambiental absoluto: Brasil, EUA, China, Indonésia, Japão, México, Índia, Rússia, Austrália e Peru foram os 10 países pior classificados", diz o artigo.

A segunda lista classifica os países levando em conta seu impacto proporcional ao total de recursos naturais presentes em cada país. Nessa classificação, o Brasil não aparece entre os 20 piores.

"Este índice classifica os seguintes países como tendo o maior impacto ambiental proporcional: Cingapura, Coréia, Qatar, Kuwait, Japão, Tailândia, Bahrain, Malásia, Filipinas e Holanda", diz o estudo.

De acordo com a pesquisa, existe uma relação, indicando que os países que mais degradam o meio ambiente são aqueles com maior população e maior riqueza.

"Os resultados também mostram que a comunidade mundial deve incentivar os países menos desenvolvidos a um melhor desempenho ambiental, especialmente na Ásia", diz o artigo.

Isso porque seis países asiáticos aparecem no topo, tanto da lista proporcional quanto daquela que avalia o impacto ambiental absoluto: China, Indonésia, Japão, Malásia, Tailândia e Filipinas.

O artigo está disponível, na íntegra e em inglês, no seguinte endereço:

http://www.plosone.org/article/info:doi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0010440

Os 10 maiores acidentes petrolíferos


A maré negra que se espalha no Golfo do México desde a explosão e o afundamento da plataforma da British Petrolium, no último dia 20 de abril, tem o potencial de causar danos ambientais de grande alcance.

Mas não é, nem de longe, um dos maiores vazamentos de petróleo já registrados na história. Nos últimos 70 anos, mais de 80 episódios de média e alta gravidade lançaram nos mares e oceanos cerca de 7,4 bilhões de litros de petróleo – o correspondente ao volume de quase 3000 piscinas olímpicas. Os dez maiores desastres respondem por 68% desse total.


Seriam necessários meses para o acidente da BP se igualar ao do Ixtoc I, um superpetroleiro que explodiu há 30 anos e derramou 454 mil toneladas de petróleo na baía de Campeche, no México.

E anos para alcançar a magnitude dos 2 bilhões de litros derramados pelas forças iraquianas durante a Guerra do Golfo, em 1991, o maior da história. O volume de óleo jorrado pelo poço da BP – cerca de 11 milhões de litros, até agora – ainda é dez vezes menor que o liberado em 1967 pelo Torrey Canyon, um dos primeiros supertanques petrolíferos, que, após colidir com um recife, despejou 119 mil toneladas do óleo na costa sudoeste do Reino Unido.

Se o vazamento no Golfo do México não for controlado a tempo, talvez suas consequências se igualem às do Exxon Valdez, que entrou pra história não como um dos maiores acidentes petrolíferos, mas como um dos mais graves e emblemáticos. Em 1989, a embarcação americana contaminou 2.000 quilômetros de um litoral intocado, matando milhares de aves marinhas, focas, lontras e orcas. Duas décadas depois, ainda restam 95 mil litros de óleo na região, a maior parte debaixo da terra, segundo um estudo publicado em janeiro na revista Nature Geoscience.

A seguir conheça os dez maiores acidentes petrolíferos da história, suas cronologias e dimensões de vazamento:

1- Guerra do Golfo, Kuwait, Golfo Pérsico (janeiro/1991)

Volume: 1 milhão e 360 mil toneladas (753 piscinas olímpicas)

O pior vazamento de petróleo da história não foi propriamente acidental, mas deliberado. Causou enormes danos à vida selvagem no Golfo Pérsico, depois que forças iraquianas abriram as válvulas de poços de petróleo e oleodutos ao se retirarem do Kuwait.

2- Ixtoc I, Campeche, Golfo do México (junho/1979)

Volume: 454 mil toneladas (251 piscinas olímpicas)

A plataforma mexicana Ixtoc 1 se rompeu na Baía de Campeche, derramando cerca de 454 mil toneladas de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou, por mais de um ano, as costas de uma área de mais de 1.600 km2.

3- Poço de petróleo Fergana Valley, Uzbequistão (março/1992)

Volume: 285 mil toneladas (158 piscinas olímpicas)

Trata-se de um dos maiores acidentes terrestres já registrados. Em março de 1992, a explosão de um poço no Vale da Fergana afetou uma das áreas mais densamente povoadas e agrícolas da Ásia Central.

4- Atlantic Empress, Tobago, Caribe (julho/1979)

Volume: 287 mil toneladas (159 piscinas olímpicas)

Durante uma tempestade tropical, dois superpetroleiros gigantescos colidiram próximos à ilha caribenha de Tobago. O acidente matou 26 membros da tripulação e despejou milhões de litros de petróleo bruto no mar.

5- Nowruz, Irã, Golfo Pérsico (fevereiro/1983)

Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)

Durante a Primeira Guerra do Golfo, um tanque colidiu com a plataforma de Nowruz causando o vazamento diário de 1500 barris de petróleo.

6- ABT Summer, Angola (maio/1991)

Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)

O superpetroleiro Libéria ABT Summer explodiu na costa angolana em 28 de maio de 1991 e matou cinco membros da tripulação. Milhões de litros de petróleo vazaram para o Oceano Atlântico, afetando a vida marinha.

7- Castillo de Bellver, Africa do Sul (agosto/1983)

Volume: 252 mil toneladas (139 piscinas olímpicas)

Depois de um incêndio a bordo, seguido de explosão, o navio espanhol rachou-se ao meio, liberando cerca de 200 milhões de litros do óleo na costa de Cape Town, na África do Sul. Por sorte, o vento forte evitou que a mancha alcançasse o litoral, minimizando os efeitos ambientais do desastre.

8 – Amoco Cadiz, França (março/1978)

Volume: 223 mil toneladas (123 piscinas olímpicas)

Um dos piores acidentes petrolíferos do mundo aconteceu em 1978, quando o supertanque Amoco Cadiz rompeu-se ao meio perto da costa noroeste da França. O vazamento matou milhares de moluscos e ouriços do mar. Esta foi a primeira vez que imagens de aves marinhas cobertas de petróleo foram vistas pelo mundo.

9 – M T Haven, Itália (abril/1991)

Volume: 144 mil toneladas (79 piscinas olímpicas)

Outro superpetroleiro, o navio gêmeo do Amoco Cadiz explodiu e naufragou próximo da costa de Gênova, matando seis tripulantes. A poluição na costa mediterrânea da Itália e da França se estendeu pelos 12 anos seguintes.

10 – Odyssey, Canadá (setembro/1988)

Volume: 132 mil toneladas (73 piscinas olímpicas)

O poço petrolífero localizado na província canadense de Newfounland explodiu durante uma operação de perfuração da plataforma americana Odyssey. Uma pessoa morreu e outras 66 foram resgatadas sem ferimentos.

ESTAGIÁRIOS DO IAP DIVIDEM CONHECIMENTO COM PROFESSORES



Estagiários do IAP dividem conhecimento com professores

Foi realizada na tarde de hoje (13) nas dependências do Instituto Ambiental do Paraná - IAP a primeira mesa redonda com professores e estagiários

Por Lilian Céspedes

A ocasião serviu para que professores orientadores conhecessem um pouco mais do trabalho realizado por estagiários voluntários, cedidos pelas faculdades Anglo Americano – FAA e União Dinâmica de Faculdades Cataratas – UDC.

Desde o início de 2010 quase 10 voluntários estão atuando no instituto, a fim de aprender a prática lecionada em teoria na sala de aula, com esta nova experiência, acadêmicos aproveitam para dividir o conhecimento com professores e colegas. Em uma mesa redonda os voluntários se dispuseram a responder perguntas dos próprios professores.

Entre os assuntos abordados estava a questão de licenciamentos ambientais. “Os licenciamentos ambientais são divididos em três níveis: Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e por fim a Licença de Operação – LO. Cada nível das licenças tem por finalidade estudar e avaliar o local do futuro empreendimento, através de vistorias”, explicou a acadêmica Cleide Januário de Matos do 9º período de engenharia ambiental.

Para sanar as dúvidas do que é feito pelos estagiários, os mesmos explicaram os detalhes no atendimento na área administrativa [área de atuação dos mesmos]. “Vários empreendedores têm dúvidas no momento de preencher o formulário pelo site, ou até mesmo sobre o licenciamento e sua renovação. Nós os atendemos e ajudamos a retirar essas dúvidas, caso não sabemos responder temos a orientação dos profissionais do Instituto Ambiental do Paraná – IAP e assim podemos aprender e também ensinar”, esclareceu a acadêmica Juliana Soares 8º período de engenharia ambiental.

De acordo com o chefe regional do IAP, Irineu Ribeiro, essa oportunidade de estágio no instituto é algo inédito, pois os professores fazem a pré-análise dos projetos, onde simplifica os trabalhos conclusivos do IAP, além disso, esta oportunidade tende a contribuir no currículo do futuro profissional. “Logo com concursos públicos esses mesmos estagiários poderão ter a oportunidade de voltar a trabalhar no instituto, e se não for essa a vocação deles eles podem abrir a própria consultoria, entre diversos outros segmentos, essa é uma oportunidade que todos saem ganhando”, comentou Irineu.

As professoras mestres da UDC, Norma Barbado e Paula Vergili Pérez que estavam presente na mesa redonda se impressionaram com a atenção das acadêmicas quanto ao estágio, e as práticas feitas no local. “Esta reunião foi uma aula, mas quem estava do outro lado eram as acadêmicas. Na próxima edição teremos poderemos convidar mais acadêmicos para aprender com elas”, contou a professora Ms. Paula Vergili.

A mesa redonda será realizada duas vezes por mês no instituto. “Acadêmicos de outras faculdades e cursos também estão convidados para vir aprender. Na próxima edição o tema será: Auto de Infração”, finalizou Irineu Ribeiro.

Lixo eletrônico do país terá inventário de produção, recolhimento e reciclagem


Todo o lixo eletrônico produzido no Brasil terá um inventário para que as empresas firmem um pacto de recolhimento e reciclagem. O acordo foi assinado na segunda-feira, 10 de maio, em São Paulo, pela ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, e o presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca.

“Saiu um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) dizendo que o Brasil é o quarto ou quinto país [no mundo] em número de lixo eletrônico, e nós vamos fazer agora um inventário para saber qual o comportamento do nosso país [diante do problema]”, afirmou Isabella.

Pelo documento do Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado no começo deste ano, o mundo produz, a cada ano, cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico a mais, e o Brasil está entre os maiores produtores.

Como o ministério não foi consultado sobre o problema, segundo a ministra, a ideia é fazer um inventário dimensionar o tamanho do lixo eletroeletrônico brasileiro e o destino que é dado atualmente a esse tipo de material.

Para Victor Bicca, é importante que a maioria das empresas do setor participem da elaboração do inventário. “A previsão é de que a gente possa fazê-lo em quatro meses. Ele contará com a participação de todas as empresas que fazem parte do Comitê Eletroeletrônico do Cempre. Também vamos convidar as outras associações que representam o setor eletroeletrônico. Tudo isso sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente”, explicou.

Além do inventário, também foi inaugurado um site que vai informar o consumidor sobre como deve ser realizada a devolução de aparelhos como computadores, impressoras, telefones celulares, câmeras e até geladeira. O consumidor poderá consultar os sites do Cempre e do MMA, onde encontrará os locais de coleta e a reciclagem dos materiais.

Isabella Teixeira informou que o ministério está estudando a adoção de medidas, como a redução de impostos ou a distribuição de cupons de troca por outros produtos, como estímulo ao consumidor.

“Com isso a gente espera permitir uma mudança no comportamento do consumidor para que eles passem a entender o que significa comprar, às vezes de maneira desenfreada, sem entender onde vai ficar o resultado dessa compra."

Atualmente, tramita no Senado Federal o projeto da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A expectativa é de que ele seja votado e aprovado no fim deste mês e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

“Estamos nos antecipando a uma lei que está sendo votada para permitir que o empreendedor ou aquele que gera um produto, que vai dar no resíduo [lixo], tenha a responsabilidade de recolhê-lo, dando a esse produto a destinação adequada”, concluiu a ministra.

MÃE TERRA E MÃE MULHER

Mãe Terra e Mãe Mulher

"Falar em Mãe é tão complexo quanto o universo,
Pois, Terra e Mulher se assemelham.
As duas são férteis e fecundas, Elas geram e reproduzem vidas.
Guardam a semente em seu ventre para germinar,
Esperando o seu próprio tempo para brotar.
Protegem em seus colos para crescer e dormir,
Amamentam plantas e gente até tornar-se independentes para reproduzir.
A você Mãe Mulher que lutastes pela conquista da Mãe Terra,
Tens o perfume das flores, dos campos a beleza e o sabor da Natureza.
Mãe é carinho, amor, alimento, exemplo e segurança,
É afeto, paixão, tranquilidade, paz e esperança.
Seus espaços não são limitados, o que te resta é acreditar,
Sois, a metade da sociedade, e a mãe de toda a humanidade.
Fostes tu que descobristes o cultivo agrícola, através da observação,
E na existência da espécie humana, tens influência em todas as evoluções.
Mãe da roça e da cidade, trabalhadora explorada chegou a hora de despertar,
Para romper com a opressão, submissão e preconceito,
é preciso sua força somar.
Pois, as mesmas mãos que afagam a terra e acariciam os seus filhos,
Também são capazes de empunhar o facão para cortar as cercas do latifúndio.
O mesmo olhar que aprecia atentamente seu filho crescer,
Sem vacilar faz ronda no acampamento para a repressão não surpreender.
O peito que esconde um coração dócil, meigo e amigo,
Também guarda a revolta e a indignação de viver numa sociedade excludente.
A mesma mulher frágil capaz de chorar junto com seu filho que chora de fome,
Também ousa em enfrentar o exército e
empunhar armas em defesa de seus direitos.
Aquela voz suave e macia que carinhosamente fica ninando o bebê até adormecer,
Também é capaz de dar o grito de guerra e se põe em prontidão para se libertar.
A mesma Mãe que carrega o feto em seu útero
para o nascimento de um novo Ser,
É o embrião que fermentará os sentimentos dos novos tempos da revolução."