Encontrado um novo inimigo da camada de ozônio


Gás nada hilariante

Os gases CFC (clorofluorcarbonetos) são bem conhecidos pela população e pela camada de ozônio. Já quase inteiramente banidos, eles foram responsáveis por enormes danos nessa importante camada protetora da vida na Terra.

Agora os cientistas descobriram que ele tem um companheiro, o óxido nitroso (N2O), conhecido como gás do riso (ou hilariante), devido à sua capacidade de provocar contrações musculares involuntárias na face. Mas a nova notícia sobre esse gás está longe de provocar bom humor.

Segundo uma pesquisa feita por cientistas da Administração Nacional do Oceano e Atmosfera (NOAA), nos Estados Unidos, o óxido nitroso se tornou a substância que mais danos provoca na camada de ozônio.

Principalmente de fontes naturais

Ao contrário dos CFCs, apenas um terço das emissões do N2O é de responsabilidade do homem. O óxido nitroso é emitido principalmente por fontes naturais (bactérias no solo e oceanos, por exemplo), mas também como um subproduto dos métodos de fertilização na agricultura, da combustão, do tratamento de esgoto e de diversos processos industriais.

O óxido nitroso superou os clorofluorcarbonetos na "tarefa" de destruir a camada de ozônio, cuja emissão na atmosfera tem diminuído seguidamente por causa de acordos internacionais para o seu banimento. Hoje, de acordo com a pesquisa, as emissões totais de N2O já são duas vezes maiores do que as de CFCs.

História ambiental de sucesso

Ao calcular o efeito dessa emissão na camada de ozônio atualmente e estimar o mesmo para o futuro próximo, os autores da pesquisa observaram que os danos à camada de ozônio são grandes e continuarão elevados por muitas décadas se nada for feito para reduzir as emissões.

"A grande redução nos CFCs nos últimos 20 anos é uma história ambiental de sucesso. Entretanto, o óxido nitroso produzido pelo homem é agora o elefante na sala entre as substâncias que destroem o ozônio atmosférico", disse Akkihebbal Ravishankara, diretor da Divisão de Ciências Químicas do Laboratório de Pesquisas do Sistema Terrestre da NOAA, principal autor do estudo.

A camada de ozônio protege plantas, animais e pessoas do excesso de radiação ultravioleta emitida pelo Sol. A diminuição da camada faz com que mais radiação do tipo atinja a superfície terrestre, prejudicando a vida no planeta.

Duplo benefício

Apesar de o papel do óxido nitroso na destruição do ozônio ser conhecido há décadas, o novo estudo é o primeiro a calcular sua importância por meio do uso de métodos semelhantes aos usados na análise de CFCs e de outras emissões antrópicas.

Diferentemente dos CFCs e de outros desses gases, a emissão de óxido nitroso não é regulada pelo Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, adotado em 1987 por 46 países.

Segundo os pesquisadores, como o óxido nitroso também é um gás de efeito estufa, a redução de suas emissões por atividades humanas seria uma boa medida tanto para a camada de ozônio como para o clima.


Fonte : Agência Fapesp - 16/09/2009

Energia eólica sozinha pode suprir todas as necessidades da China


Uma rede de turbinas eólicas operando a apenas 20% da capacidade poderia gerar 24,7 petawatts/hora de eletricidade anualmente, mais de sete vezes o consumo da China atualmente. [Imagem: Philipp Hertzog]


Uma equipe de pesquisadores das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e Tsinghua, na China, concluíram que todas as demandas de eletricidade da China, previstas para o ano de 2030, poderiam ser supridas utilizando unicamente a energia dos ventos.

O estudo levou em conta não apenas os dados naturais - meteorológicos, de relevo etc. - mas também as restrições e os incentivos governamentais chineses para cada região e as restrições de natureza econômica para os locais onde é inviável levar a energia eólica.

Matriz energética limpa

A mudança de uma matriz energética fortemente baseada no carvão, petróleo e gás natural, para outra inteiramente limpa, baseada na energia dos ventos, poderia, adicionalmente, reduzir a poluição e as emissões de CO2 daquele país, atualmente o maior responsável pelo lançamento na atmosfera de gases de efeito estufa gerados pelo homem.

A China não está parada quanto à adoção da energia eólica. O país já é o quarto do mundo em capacidade instalada de fazendas de vento, atrás dos Estados Unidos, Alemanha e Espanha.

Apesar disso, a energia eólica responde por apenas 0,4% do total de eletricidade gerada no país. Levando em conta todas as fontes de geração, a China é o segundo país do mundo em geração de eletricidade, com 792,5 gigawatts, perdendo apenas para os Estados Unidos.

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Viabilidade da energia eólica

"Para determinar a viabilidade da energia eólica para a China, nós estabelecemos um modelo econômico regional, incorporando os incentivos governamentais e calculamos o custo da energia com base na geografia," explica Xi Lu, um dos autores do estudo.

Os pesquisadores utilizaram dados meteorológicos do satélite GEOS da NASA. Eles também consideraram que a energia seria gerada em fazendas terrestres formadas com turbinas de 1,5 megawatt de potência cada uma, ocupando áreas rurais sem florestas e não sujeitas ao congelamento no inverno e com inclinação máxima de 20 por cento.

A análise indicou que uma rede de turbinas eólicas operando a apenas 20% da capacidade poderia gerar 24,7 petawatts/hora de eletricidade anualmente, mais de sete vezes o consumo da China atualmente. Essa rede seria suficiente para acomodar toda a demanda chinesa de energia projetada até o ano de 2030.


Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

Proprietários de imóveis rurais poderão fazer uso da reserva legal

Por uma instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), proprietários de áreas rurais passam a ter permissão para fazer uso da reserva legal de suas propriedades. A nova norma regula o uso sustentável das reservas legais, permitindo que os agricultores colham sementes, castanhas e frutos, e também extraiam lenha para uso doméstico, construção de benfeitorias, ou manejo florestal sustentável. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

De acordo com jornal, com a instrução publicada na quarta-feira passada no Diário Oficial da União, o MMA pretende responder às alegações dos ruralistas de que as áreas protegidas ambientalmente dificultam a sobrevivência dos produtores, principalmente dos pequenos.

O Código Florestal brasileiro define as reservas legais como áreas dentro das propriedades rurais necessárias ao uso sustentável dos recursos naturais, que servem para abrigar e proteger fauna e flora. A lei determina que, em geral, essa reserva ocupe 20% da área total da propriedade. Na Amazônia, porém, ela precisa ser de 80%.

"Já havia a previsão do uso sustentável da reserva legal no Código Florestal. Mas, na prática, ninguém conseguia utilizá-la e todos interpretavam a área como indisponível", afirmou ao jornal O Estado, o diretor do Departamento de Florestas do MMA, João de Deus Medeiros.

Até agora, o uso da reserva vem sendo motivo para a aplicação de multa. A norma do MMA permite a abertura de trilhas para ecoturismo nas reservas, além de pequenas vias de acesso para retirada de produtos florestais.

Porém, a cobertura vegetal da reserva não poderá ser descaracterizada nem ter sua função ambiental prejudicada. A Área de Preservação Permanente (APP), como margens de rios e topos de morros, continua intocável. A ação é uma tentativa de mostrar que não há necessidade de mudança na legislação ambiental, como querem os ruralistas, muitos dos quais defendem a revogação do Código Florestal.

Medeiros afirma que a instrução normativa é "fruto de consenso com diferentes movimentos" da sociedade. Mas, o Ministério da Agricultura considera que a medida atende mais aos pequenos produtores e não resolve as dificuldades dos médios e grandes.

Raul do Valle, coordenador adjunto do programa de Política e Direito do Instituto Socioambiental (ISA), disse à Agência Estado que a regulamentação do uso sustentável das reservas "desmistifica a ideia de que o Código emperra tudo e engessa o uso rural".

Ele também considera que, com a permissão para o uso da reserva legal, os proprietários podem ser incentivados a recuperar as reservas que hoje sofreram degradação. Ele também defende um incentivo econômico para quem recuperar a reserva e a APP. Uma solução proposta é o abatimento desse incentivo em parte da dívida de produtores que utilizaram crédito rural.

Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br

Entidades criticam possível liberação para automóveis movidos a diesel



Carros de passeio movidos a diesel deixaram de circular no Brasil na década de 1970

A liberação de carros movidos a diesel seria um retrocesso e colocaria em risco a saúde de milhares de pessoas por causa do aumento dos níveis de poluição, de acordo com a opinião de ambientalistas e representantes da sociedade civil. Proibidos desde o fim da década de 1970, os automóveis de passeio à base deste combustível poderão voltar a ser comercializados no Brasil, segundo informou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

“Se essa ideia vingar, vai ser um crime. Morrem quase 2 mil pessoas por ano somente na cidade de São Paulo por causa da poluição. O diesel brasileiro é um dos piores [mais poluentes] do mundo. Vai ser um homicídio em massa”, afirmou Oded Grajew, um dos criadores do Movimento Nossa São Paulo, rede integrada por mais de 600 entidades da sociedade civil.

Segundo Grajew, com os atuais motores e o diesel atualmente utilizado no Brasil (que chega a ter 1.800 partes por milhão (ppm) de enxofre) a medida estudada atualmente pelo governo federal, caso aprovada, seria uma catástrofe, porque o combustível é muito mais poluente do que a gasolina e o etanol.


Ao lado do senador Fernando Collor, o ministro Edison Lobão participou de audiência pública sobre o pré-sal, em 10 de setembro/Foto: Wilson Dias/ABr


“Não somos contra o carro a diesel como conceito, mas contra o carro a diesel com a tecnologia de motores e combustíveis que existe hoje no Brasil”, observou. Na Europa, onde a frota a diesel corresponde a cerca de metade do mercado, a concentração de enxofre no combustível é de 10 ppm e os motores têm tecnologias para reduzir emissões.

Os ambientalistas também são contrários à medida. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, admitou que a ideia “não é especialmente brilhante” e que defende combustíveis menos poluentes, como o etanol. De acordo com coordenador da campanha de clima do Greenpeace Brasil, João Talocchi, a possibilidade de voltar a comercializar veículos a diesel vai na contramão dos esforços mundias para redução das emissões de poluentes e de gases de efeito estufa.

“É uma volta ao passado. Em vez de apoiar essa tecnologia antiquada, esse dinheiro poderia ser investido em tecnologia para carros elétricos, motores híbridos”, sugeriu. Talocchi acredita que a motivação para medida é econômica, principalmente diante da perspectiva de aumento da produção brasileira de petróleo com a exploração da camada pré-sal. “O Brasil quer saber o que fazer com todo esse óleo, como usará o 'ouro negro' que pretende extrair da camada pré-sal”, criticou.

Possibilidade

A informação de que há a possibilidade de os carros brasileiros serem liberados para usar diesel como combustível foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na quinta-feira, 10 de setembro, durante audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado. Segundo ele, o país tem que se preparar para o caso de precisar adotar o modelo europeu, que permite o uso desse combustível nos carros de passeio. “Nós teremos que nos preparar para essa possibilidade. Estamos fazendo estudos de viabilidade técnica aqui no Brasil, o que não quer dizer que iremos adotar isso imediatamente”, explicou.

“Mesa viva” traz ar puro para dentro de casa



Para melhorar a qualidade do ar dentro de casa sem perder o charme do ambiente, a designer industrial Mingling Wang criou a Oxygen of Green Low Table. Essa mesa de centro abriga uma planta da família das Tillandsias que possuem reconhecidos efeitos na purificação de ar e que não precisam de terra para se desenvolver.

Segundo a designer, o protótipo é uma alternativa mais sustentável aos purificadores de ar tradicionais. As razões seriam simples, além de precisar de menos matéria-prima para a sua produção e trazer a natureza para dentro de casa, a mesa não precisa de nenhuma energia elétrica para promover benefícios na qualidade do ar.



A planta absorve os nutrientes pelas folhas, o que permite que ela seja cultivada em locais sem solo, como rochas, madeiras e outras superfícies. Sua produção de oxigênio se concentra no período noturno e ela não precisa de muitos cuidados – basta borrifar água nas folhas diariamente (especialmente durante o verão) e fertilizar com um adubo diluído regularmente.

A mesa ainda é apenas um protótipo e Wang não informa se existem planos de produzi-la.

Fonte:
http://www.coroflot.com

Peugeot lança elétrico e afirma que as vendas terão início em 2010


O iOn é totalmente elétrico e será comercializado no final de 2010

A Peugeot lançou no dia 8 de setembro seu novo veículo elétrico, desenvolvido em parceria com a Mitsubishi. É o iOn, um quatro portas compacto capaz de percorrer 130 km com uma única carga de bateria e alcançar 130 km/h. O carro começará a ser vendido já no próximo ano.

Uma das atrações da marca no Salão de Frankfurt, o elétrico é uma versão francesa do Mitsubishi i-MiEV. Ele possui baterias de íon-lítio, um conjunto de 64 cv e entrega um torque de 18 kgfm.

Segundo o fabricante, o iOn poderá ser totalmente recarregado em oito horas, mas caso o motorista esteja com pressa, um sistema de recarga rápida adotado pela montadora permite que ele reponha 80% de sua capacidade em apenas 30 minutos.

“Este carro também representa um dos fatores-chave da estratégia da marca para
reduzir a pegada ambiental e a dependência dos combustíveis fósseis”, afirmam. A Peugeot informou que o modelo chegará ao mercado europeu no final de 2010. O valor, porém, ainda não foi revelado.

Carregador solar portátil para iPhone e iPod




Para quem achava que o mercado de produtos voltados para a sustentabilidade ainda era algo distante, essa novidade pode surpreender. Em um mês, os usuários de iPod Touch 2G ou iPhone 3G e 3GS poderão comprar uma capa portátil capaz de carregar o aparelho com a energia solar. O valor do Solar Surge será de 69,99 dólares.

O equipamento já foi aprovado pela Apple e será compatível com os modelos mais recentes do iPhone e iPod. Desenvolvido pela Novothink, o Solar Surge é um gadget simples e fácil de usar e que poderá manter os aparelhos sempre carregados com energia limpa e renovável.


Basta encaixar o aparelho no case e ele já está funcionando

Os usuários poderão carregar o iPod enquanto caminham na rua ou fazem uma viagem sem precisar se preocupar com tomadas e rede elétrica. Ele funciona como uma capa de celular e o usuário só precisará encaixar o iPod ou iPhone para começar a usar.

A energia do sol é captada por um painel solar no fundo do case e a transforma em eletricidade, que passa direto para o aparelho. Ele funciona até mesmo nos dias chuvosos (com uma capacidade menor) e não precisa de nenhuma outra fonte de energia.


O gadget custará US$69,99 e não precisará de nenhuma fonte de energia extra

Porém, se o usuário não puder manter o carregador exposto ao sol, ou ainda em casos de emergência, ele poderá conectar o aparelho no computador através do cabo USB (que acompanha o Solar Surge) e recarregá-lo da forma tradicional.

Na lateral do case, quatro luzes indicam a situação da bateria e se a incidência de sol está suficiente ou não. Quando as quatro luzes estiverem acesas, o aparelho está com a carga completa. Quando isso acontece, ou então quando não há nenhum iPod ou iPhone conectado, o Solar Surge armazena energia em sua bateria interna para utilizá-la depois.

Os Solar Surges estarão disponíveis para o iPod Touch 2G no final de setembro, e no final de 2009 para o iPhone 3G e 3GS.

Biodiesel com um toque de camarão é ambientalmente mais chique


Talvez no futuro você possa chegar a um posto de gasolina de grife e pedir um biocombustível com um toque de camarão.

Cientistas chineses produziram um novo catalisador a partir de um composto químico extraído da carapaça de camarões que torna o processo de produção de biodiesel mais rápido, mais barato e menos danoso ao meio ambiente.

Lado ruim dos biocombustíveis

Xinsheng Zheng e seus colegas começam afirmando que as preocupações mundiais com o aquecimento global estão levando as pessoas a colocarem suas esperanças nos biocombustíveis.

Contudo, os avanços não serão tão grandes quanto o esperado, dizem eles, se a produção dos combustíveis renováveis continuar exigindo os catalisadores hoje utilizados para transformar soja, canola e outros grãos em biodiesel.

Os catalisadores tradicionais não podem ser reutilizados e devem ser neutralizados, o que é feito com grandes quantidades de água. O resultado é o desperdício de outro recurso escasso, a água, que é devolvida poluída ao meio ambiente.

Camarão com canola

Eles acreditam ter encontrado uma solução para o problema na carapaça do camarão. Mais especificamente, na quitina, o principal componente da carapaça dos artrópodes.

Em um processo de três etapas, os pesquisadores chineses descrevem como a quitina pode ser transformada em sacarídeos por meio de sua carbonização parcial e posterior ativação.

Nos testes em laboratório, o novo catalisador de camarão converteu óleo de canola em biodiesel de forma mais eficiente e mais rápida do que o catalisador convencional - 89% de conversão em três horas.

O novo catalisador, do tipo heterogêneo, também pode ser reutilizado depois de separado do rejeito por filtração, minimizando os resíduos e a poluição gerada na produção do biodiesel.

Fonte:
Shrimp Shell Catalyst for Biodiesel Production
Linguo Yang, Aiqing Zhang, Xinsheng Zheng
Energy & Fuels
August 20, 2009
Vol.: 23 (8), pp 38590-3865
DOI: 10.1021/ef900273y

Pescadores da Apasti ganham rede e barco do IAP




Um barco de alumínio de seis metros de comprimento, um motor de polpa e 470 metros de rede de pesca. Esses equipamentos foram entregues no início desta semana pelo chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Irineu Ribeiro para uso coletivo dos 86 pescadores profissionais que integram a Associação de Pescadores Artesanais de Santa Terezinha de Itaipu (Apasti).
A assinatura do termo de cessão de direito de uso, guarda e responsabilidade do barco, bem como o repasse das metragens de rede foram acompanhados pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Ênio Rossi; o diretor da pasta, Fabiano de Souza e pelo presidente da Apasti, Valdemar Somavilla diante de uma plateia de piscicultores que lotou o auditório da prefeitura. Entusiasmado com a conquista, o presidente da associação ressaltou que os equipamentos serão de grande valia para os pescadores, contribuindo para o reforço da renda mensal. “Aos poucos a Apasti vai conquistando seu espaço e contabilizando benefícios”, comentou satisfeito ao anunciar que as próximas ações serão concentradas na aquisição da sede própria na transformação da associação em colônia de pescadores.
Em sua passagem pelo município, o chefe regional do IAP enalteceu a atividade pesqueira ao citá-la como profissão sagrada e assumiu junto com todos os pescadores da cidade a responsabilidade de uso da embarcação. “Em nome do IAP desejo que utilizem da melhor maneira os equipamentos doados e, sem medo algum, assumo essa responsabilidade junto com vocês para que a embarcação seja mais um meio de benefício mútuo”. O secretário de Agricultura e Meio Ambiente Ênio Rossi, reiterou a parceria do poder público desenvolvidas e destacou a união dos pescadores como fundamental para o resultado de conquistas. “Sem essa união vocês não chegariam aonde estão. Fico feliz ao ver que aos poucos a associação está crescendo e obtendo o espaço merecido”, concluiu.
Fonte
Gazeta do Iguaçu
1 de setembro de 2009

Hummer se rende à tecnologia elétrica




Sonho de consumo de muitos e símbolo do modelo americano de carros gigantes, o Hummer também é alvo de criticas de ambientalistas por seu tamanho e consumo exacerbado de combustível. Mas essa imagem negativa pode durar pouco. A Raser Technologies está desenvolvendo uma versão elétrica do veículo e protótipos já alcançam 80 km de autonomia utilizando apenas 60% de sua bateria.

O novo veículo substitui o grande e beberrão motor a gasolina por um poderoso motor elétrico, sistema de tração, baterias de lítio e um pequeno e eficiente gerador elétrico movido a gás natural, que também pode funcionar como extensor de autonomia.



Nos primeiros testes, o H3E provou ser capaz de percorrer 80 km utilizando pouco mais da metade de sua carga total. O carro pode ser recarregado facilmente em tomadas comuns e emite praticamente zero poluente na atmosfera quando utiliza o sistema totalmente elétrico.

Durante os testes, o veículo percorreu vias urbanas e estradas, em uma média de 70 km/h, chegando a alcançar 100 km/h. "Este teste inicial indica que o veículo deve atingir facilmente mais de 160 km por galão (3,78 litros) em condições normais de condução”, disse Jim Spellman, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Raser.



Dados do teste mostraram que o elétrico poderia atingir mais de 300 km por galão na cidade com a aplicação do sistema semelhante ao utilizado pelo General Motors (GM). "É importante notar que o H3E pode alcançar resultados semelhantes aos do Chevy Volt," acrescentou Spellman. "A principal diferença é que o nosso conjunto de propulsores elétricos pode ser utilizado em veículos maiores, como SUVs e caminhões”, conta.

Os planos da empresa incluem realizar testes adicionais para demonstrar o alcance total estimado do veículo de até 640 km usando o extensor de autonomia.

Fonte
http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Michael Pritchard transforma água suja em potável



Ao longo do dia, você certamente beberá água, tanto diretamente como através de outras bebidas e alimentos. Certamente toda essa água é limpa e potável. “Mas e se não fosse?" É com essa pergunta que o engenheiro Michael Pritchard inicia sua palestra no TED e apresenta sua criação, capaz de acabar com esse problema no mundo.

Apesar de falar constantemente sobre estatísticas e provisão de água potável para todos, ele diz ainda não ver resultados. “E eu acho que descobri por que. É porque, usando a atual forma de pensar, a escala do problema parece ser grande demais para resolver. Então simplesmente desligamos. Nós, governos e agências de ajuda."

A resposta para o problema pode estar na criação apresentada pelo engenheiro. Batizada de Lifesaver (algo como "salvador de vidas", em português), o filtro portátil é capaz de transformar água suja em potável em segundos.

Ele conta que inventou a garrafa após assistir cenas de desastres como o tsunami na Ásia e o furacão Katrina, nos EUA. Depois de meses trabalhando na garagem de casa "e também em minha cozinha, para o desespero de minha esposa", e após alguns protótipos falidos, surgiu a garrafa Lifesaver.

Diferencial


O filtro do Lifesafer impede a passagem bactérias e vírus

"Antes do Lifesaver, os melhores filtros portáteis eram capazes de filtrar somente até 200 nanômetros. A menor bactéria tem 200 nanômetros e passaria pelo buraco. O menor vírus, por outro lado, mede por volta de 25 nanômetros. Quer dizer que passará facilmente pelos 200 nanômetros. Os poros do Lifesaver têm 15 nanômetros. Nada passa por eles."

O grande momento da palestra fica por conta da exibição do funcionamento do filtro. Misturando água suja dos rios Cherwell e Thames, de uma lagoa insalubre, de um esgoto de uma unidade de tratamento e até fezes de coelho, ele exibe como utilizar o Lifesaver e transformar aquela mistura em água potável.

"A garrafa Lifesaver é bem simples. Você simplesmente imerge a garrafa na água, coloca a tampa, dá umas bombadas e isso é tudo que é necessário. Assim que eu tirar a tampa, água potável vai sair."

Ainda recebendo os aplausos da platéia, Pritchard conta que a garrafa já é usada por milhares de pessoas em todo o mundo e que é capaz de limpar 6 mil tiros de água a cada filtro – que posteriormente pode ser substituído por um novo.

Novos usos


O filtro pode ser utilizado em situações de emergência e também como substituto ao sistema atual de distribuição de água

Ele sugere o uso do equipamento no lugar do envio de água durante desastres como forma de evitar aglomeração e dispersão de doenças (já que com ele é possível beber água de qualquer fonte, mantendo as pessoas em seus lugares de origem). Ele ainda defende que não é necessário um desastre natural para utilizar a garrafa. Para Pritchard, o Lifesaver pode ser uma opção mais simples, eficiente e barata ao sistema de distribuição de água existente hoje.

"Aqui está a forma de 'pensar diferente'. E quanto custa? Por volta de meio centavo por dia." Segundo suas contas, com 8 bilhões de dólares, seria possível atingir a meta do milênio sobre o número de pessoas sem acesso a água potável. Com 20 bilhões de dólares, todas as pessoas no mundo teriam acesso a água limpa e potável.

Por meio do DNA da madeira será possível saber sua origem


Pesquisadores alemães estão montando o que pode ser chamado de RG genético da madeira de lei. O que se pretende com isso é apontar com precisão a origem de toras e móveis, revelando se a matéria-prima foi obtida de forma lícita. O projeto foi apresentado por Jutta Buschbom, do Instituto de Genética Florestal da Alemanha, durante o 55º Congresso Brasileiro de Genética, que acontece nesta semana em Águas de Lindoia (SP).

Uma das primeiras espécies a ser trabalhada no projeto é o mogno, rara árvore amazônica que tem seu comércio controlado. No começo, o foco será em algumas espécies muito visadas e de grande valor comercial. Dados apresentados no congresso mostram que metade da madeira do mundo provém de derrubadas clandestinas, gerando um prejuízo anual em torno de R$ 500 bilhões.

O objetivo principal do projeto é conseguir uma "resolução" refinada das populações de cada espécie de árvore, tornando possível diferenciar o mogno obtido por manejo da madeira oriunda de desmatamento ilegal. A experiência conseguida até o momento com a espécie amazônica mostra que isso é possível, já que, no caso do mogno, a semente de uma árvore tende a germinar a cerca de 500 m ou 1.000 m da planta-mãe. Isso cria populações distintas, cujo parentesco vai diminuindo com a distância.

As principais técnicas genéticas testadas pelos pesquisadores envolvem "assinaturas" de DNA típicas de uma dada espécie ou população. Mas, para os casos em que esses detalhes não forem suficientes para identificar a origem da madeira, já há uma estratégia preparada. Bastaria ver a presença de variantes de certos elementos químicos no material. Essa proporção é inerente ao ambiente em que a planta cresceu oferecendo informações seguras sobre sua origem.

Terra pode ter oceanos em seu interior


Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra, muito abaixo do leito dos oceanos superficiais.

Água nas profundezas

A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade. Por isso, cientistas da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.

Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.

Zonas de subducção

As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.

Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.

"Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.

Mistério geológico

"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos? E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas," diz o pesquisador.

Apesar dos avanços tecnológicos, os especialistas não sabem ao certo quanta água existe abaixo do leito oceânico e quanto dessa água chega ao manto.

"Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."

Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.

Água primordial

A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.

A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.

E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.

"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.

"E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".

Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.

Fonte:

Global electromagnetic induction constraints on transition-zone water content variations
Anna Kelbert, Adam Schultz, Gary Egbert
Nature
20 August 2009
Vol.: 460, 1003-1006
DOI: 10.1038/nature08257

Métodos de monitoramento do CO2 são inadequados para um tratado internacional do clima

Os métodos atuais para estimar as emissões de gases de efeito estufa têm limitações que os tornam inadequados para monitorar as emissões de CO2 e permitir o acompanhamento de um eventual tratado internacional do clima.

O alerta foi feito em um comunicado da National Academy of Sciences, uma entidade que reúne especialistas de todas as áreas do conhecimento científico nos Estados Unidos.

Tiro pela culatra

O comunicado, feito com o objetivo de embasar uma solicitação para reposição de um satélite de observação do clima que a NASA perdeu no início deste ano, causou desconforto entre os cientistas reunidos na Conferência Climática Mundial, que está acontecendo em Genebra, na Suíça.

A comunidade científica tem se defrontado com a comunidade política mundial em busca da adoção de medidas reais contra as mudanças climáticas. Para isso, o maior trunfo dos cientistas são os resultados de suas pesquisas, que parecem apontar de forma inequívoca para uma forte atuação humana sobretudo no aquecimento global.

Contudo, o comunicado da National Academy of Sciences demonstra a fragilidade dos meios atuais de mensuração dos gases de efeito estufa, afirmando que, ainda que um tratado climático mundial for assinado, os meios para seu acompanhamento ainda estão por ser desenvolvidos.

"Se um tratado for negociado nos próximos meses, o monitoramento e a verificação [da emissão de CO2] deverão se basear nas capacidades atuais e nos melhoramentos das medições que possam ser disponibilizados rapidamente. Como o relatório final deste comitê irá descrever em maiores detalhes, os métodos atuais para estimar as emissões de gases de efeito estufa têm limitações para monitorar um tratado do clima," diz a nota.

Emissões do homem e emissões naturais

Os dados disponíveis hoje são divulgados pelos próprios países, não existindo um aparato técnico que permita que uma entidade supranacional colete seus próprios dados de forma independente, com embasamento científico, e verifique os dados divulgados pelos países.

"Os instrumentos e métodos atualmente existentes para o monitoramento remoto de CO2 na atmosfera não são capazes, com precisão útil, de distinguir entre as emissões oriundas dos combustíveis fósseis e dos fluxos naturais, ou para verificar tendências nas emissões dos combustíveis fósseis," continua o documento.

Segundo os cientistas, o grande problema reside na técnica hoje utilizada para a medição das emissões de CO2, que somente produz resultados significativos para áreas muito grandes, como continentes, mas não para países. Esse problema poderia ser minimizado por meio da criação de uma rede mundial de coleta e amostragem de CO2, tanto em terra quanto no espaço.

Observatório de carbono espacial

É aí que entra o satélite OCO (Orbiting Carbon Observatory). Seu principal objetivo era testar o conceito de que essas medições poderiam ser feitas do espaço.

A missão do OCO, contudo, morreu no lançamento. O satélite, que seria o primeiro a observar o ciclo completo do dióxido de carbono na Terra, não conseguiu entrar em órbita e a missão foi dada como encerrada - veja Satélite que iria monitorar ciclo do CO2 não atinge órbita.

Agora os cientistas da National Academy of Sciences estão voltando suas baterias em favor da construção, pela NASA, de uma réplica do OCO, que possa ser lançada o quanto antes.

Prova de conceito

Nem mesmo isso, contudo, seria uma solução para o acompanhamento de um eventual tratado mundial do clima, alertam os cientistas.

Acontece que o satélite não foi projetado para o monitoramento e verificação de um eventual tratado. Com uma vida útil prevista para dois anos, ele não seria por si só capaz de medir as tendências nas emissões de CO2. Ele seria apenas um laboratório para comprovar um método de medição que poderia vir a ser usado no futuro, por uma constelação de satélites construídos para essa finalidade.

No entanto, nenhum outro satélite projetado até hoje tem uma combinação de equipamentos de alta precisão que se aproxime daquela alcançada pelo OCO. Ou seja, se algo a se fazer para começar a criar a infraestrutura para monitoramento de um acordo climático global, seria a construção e lançamento o mais rapidamente possível de um OCO 2.0.

A ciência também parece estar avançando mais rapidamente do que as negociações para um eventual acordo climático. Várias descobertas têm apontado para a necessidade da revisão dos modelos atualmente utilizados para o acompanhamento das mudanças climáticas