Tempestade gigantesca derrubou meio bilhão de árvores na Amazônia

Uma única, violenta e avassaladora tempestade que varreu toda a floresta amazônica em 2005 pode ter destruído meio bilhão de árvores, afirmam cientistas.

Tempestade amazônica

Embora tempestades sejam uma causa conhecida de mortes de árvores na Amazônia, o novo estudo - feito por especialistas da Universidade Tulane, nos Estados Unidos, em parceria com cientistas brasileiros do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e da Unesp - é o primeiro a oferecer uma contagem mais precisa.

Segundo seus autores, o trabalho revela perdas muito maiores do que se pensava, sugerindo que tempestades cumprem um papel bem mais importante do que se supunha na dinâmica da floresta amazônica.

Os cientistas advertem que, por causa das mudanças climáticas, tempestades violentas deverão se tornar mais frequentes na região, matando mais árvores e, consequentemente, aumentando as concentrações de carbono na atmosfera.

Super tempestade

Uma pesquisa anterior tinha atribuído um aumento na mortalidade de árvores em 2005 na região a uma seca prolongada que afetou partes da floresta naquele ano. Mas o estudo recente identificou uma área não atingida pela seca onde houve grande perda de árvores (a região de Manaus).

Segundo os cientistas, entre 16 e 18 de janeiro de 2005, uma única linha de instabilidade com 1000 km de comprimento e 200 km de largura cruzou toda a bacia amazônica de sudoeste a nordeste, levando tempestades violentas, com raios e chuvas pesadas, provocando várias mortes nas cidades de Manaus, Manacaparu e Santarém.

Ventos verticais fortes, com velocidades de 145 km/hora, arrancaram ou partiram árvores ao meio. Em muitos casos, ao cair, as árvores atingidas derrubaram outras a seu redor.

Meio bilhão de árvores

Para calcular o número de árvores mortas, os pesquisadores usaram uma combinação de imagens de satélite, contagens feitas por especialistas em áreas pré-selecionadas da floresta e modelos matemáticos.

O uso associado de imagens de satélite e observações feitas no campo permitiu que os pesquisadores incluíssem quedas de grupos menores de árvores (menos de dez unidades) que não podem ser detectadas pelo satélite.

Os cálculos iniciais, relativos a áreas afetadas pela tempestade na região de Manaus, foram depois usados como base para se chegar ao número total de mortes em toda a floresta.

Os cientistas concluíram que entre 441 e 663 milhões de árvores foram destruídas em toda a floresta.

Nas regiões mais atingidas, cerca de 80% das árvores foram atingidas.

Linhas de instabilidade

Linhas de instabilidade que se movem de sudoeste a nordeste na Amazônia são raras e pouco estudadas, disse Robinson Negrón-Juárez, membro da equipe.

Tempestades destrutivas que avançam na direção oposta, da costa nordeste para o interior do continente, são mais comuns - ocorrendo até quatro vezes por mês - e também provocam grandes quedas de árvores.

O que é bastante incomum são tempestades que cruzam toda a bacia Amazônica, como a de 2005, explicou Negrón-Juarez.

"Precisamos começar a medir a perturbação causada pelos dois tipos de linhas de instabilidade sobre a floresta", ele disse. "Precisamos dessas informações para calcular a perda total de biomassa nesses eventos naturais, algo que nunca foi quantificado".

Outro cientista da equipe, Jeffrey Chambers, acrescentou: "Com as mudanças climáticas, há previsões de que as tempestades aumentem em intensidade. Se começarmos a observar aumentos na mortalidade das árvores, precisamos ser capazes de estabelecer o que está matando as árvores".

Fonte: BBC

Telas LCD recicladas combatem infecções bacterianas em hospitais

Em 2009, cientistas ingleses deram um novo alento para esse e-lixo, até então de reciclagem extremamente problemática, ao descobrir como reciclar as telas de LCD para produzir material médico.

A equipe do Dr. Andrew Hunt, da Universidade de Iorque, desenvolveu então um método de recuperar o álcool polivinílico (PVA: PolyVinyl-Alcohol) das telas LCD e transformá-lo em uma substância compatível com o corpo humano.

Essa substância é ideal para a criação de suportes de tecidos que ajudam o corpo a se regenerar no caso de ferimentos e cirurgias, mas também pode ser usado para encapsulamento de medicamentos para serem tomados por via oral.

LCD antibacteriano

Agora os pesquisadores deram um passo adicional e descobriram como usar o mesmo material para prevenir e combater infecções bacterianas hospitalares.

A técnica parte do PVA e resulta em uma substância antimicrobiana que destrói colônias de Escherichia coli e algumas cepas de Staphylococcus aureus.

Depois de separado das telas de LCD descartadas, o PVA é desidratado com etanol, gerando um material mesoporoso com uma área superficial muito grande. A seguir, o material recebe nanopartículas de prata, acrescentando-lhe a propriedade antimicrobiana.

Nanopartículas de prata

O próximo passo da pesquisa será comparar o rendimento do novo material com produtos comerciais para determinar sua eficácia relativa, assim como obter a aprovação das agências governamentais, tendo em vista sobretudo a avaliação da segurança das nanopartículas de prata para a saúde humana.

Ainda que não supere largamente a concorrência, a técnica é altamente promissora por partir de uma matéria-prima reciclada, que agrega um valor ambiental pela sua simples utilização.

"A influência dos LCDs na sociedade moderna é dramática - estima-se que 2,5 bilhões dessas telas estejam aproximando-se do fim de sua vida útil. Mas nós podemos agregar um valor significativo a esse lixo eletrônico," diz o Dr. Hunt.

Fonte: Inovação Tecnilogica

Aprovada política nacional de resíduo sólido


O plenário do Senado aprovou na tarde de ontem o projeto de lei PLS 354/89, que estabelece regras para tratamento do lixo no país.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos segue agora para a sacão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O projeto tem como objetivo tentar resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. Desse total, 59% vão para os “lixões” e apenas 13% têm destinação correta, em aterros sanitários. Em 2008, apenas 405 dos 5.564 municípios brasileiros faziam coleta seletiva de lixo.


Entre as medidas está a proibição da criação de lixões a céu aberto e a obrigatoriedade as prefeituras em construir aterros sanitários adequados.

Fica também proibido catar resíduos, morar ou criar animais em aterros sanitários ou importar qualquer tipo de lixo.

Os 58 artigos descritos em 43 páginas estabelecem também a chamada “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.

Outra novidade é a “responsabilidade compartilhada”, que envolve a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão de resíduos sólidos. Isso inclui as cooperativas de catadores, que devem agora ser incentivadas pelo poder público. Por lei, agora, as pessoas terão que acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação em locais que houver coleta seletiva.

A Política Nacional de Resíduos sólidos estabelece ainda que os governos estaduais e federal concedam incentivos à indústria de reciclagem.

Materiais verdes diminuem custo das montadoras


Tampinha de garrafa reciclada é usada na fabricação do C4, da Peugeot
Para-choque de tampa de garrafa, tanque à base de cana-de-açúcar, teto revestido de garrafa PET, dispositivos que reduzem o consumo de combustíveis e veículos sem emissão de gás carbônico. Na maioria das vezes empresas e consumidores ainda pagam mais caro para salvar o planeta. Na busca por soluções verdes, porém, a indústria automotiva acabou descobrindo que ser ambientalmente correto, em alguns casos, pode sair até mais barato do que usar materiais e tecnologias que poluem o planeta.

Exemplos não faltam. Ao substituir o uso de polímeros derivados do petróleo por fibra de curauá na confecção de tampas de porta-malas, a PSA Peugeot Citroën reduziu em 20% o custo de produção do item. As pick-ups da montadora já aproveitam o vegetal, assim como faz a Volkswagem no modelo Fox. A Fiat também vai lançar o Uno Ecology, ainda sem previsão, com fibras vegetais da planta e também do coco. Cultivado no Pará, o curauá tem folhas resistentes como as do abacaxi e é usada também na indústria têxtil.

A tampinha de plástico do refrigerante se transforma em para-choques no modelo C4 da montadora francesa. E a garrafa PET é usada na confecção do revestimento de teto do C3. O uso de material descartável substitui a compra de materiais originários de resinas plásticas, derivadas de petróleo, com economia de 10% para a fabricante de automóveis.

“Quando começamos a usar materiais recicláveis na fabricação de itens dos automóveis, nosso objetivo era reduzir o impacto ambiental na produção de veículos. Mas descobrimos nesta caminhada que alguns itens têm custo menor”, afirma o diretor mundial da área de Materiais Verdes da PSA, Louis David.

Cerca de 8% dos para-choques dos veículos da General Motors (GM) produzidos nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP), possuem plásticos reciclados em sua composição. Dos pneus, a montadora extrai granulado de borracha, aço e massa de borracha, que servem como insumo para diversos produtos.

A indústria automotiva também procura trocar resinas plásticas por óleos vegetais na fabricação das espumas que constituem os bancos dos automóveis. Mas o processo sai mais caro do que a tradicional cadeia petroquímica, assim como a produção de tanques de gasolina a partir do chamado plástico verde, feito a partir de etanol. Segundo produtores, o preço do plástico verde é 30% maior que o insumo oriundo da nafta petroquímica.

Economia só no longo prazo

David, da PSA Peugeot Citroën, afirma que o aumento de custos com alguns materiais verdes são compensados pela redução de preços de outros mais baratos. O custo final dos automóveis, segundo o executivo, acaba sendo o mesmo. O processo de substituição de materiais clássicos por matérias-primas ambientalmente corretas ainda não faz diferença para o consumidor final, segundo ele.

O que faz diferença – para melhor ou pior – na hora de comprar um carro são as tecnologias usadas para reduzir ou anular as emissões de gás carbônico. Carros elétricos custam até três vezes mais caro do que veículos movidos a motores a combustão no Brasil. São salgados na hora de comprar - mas podem ser econômicos na hora de pagar a conta do abastecimento.

O modelo Palio Weekend Elétrico, fabricado pela Fiat em parceria com a geradora de energia Itaipu Binacional custa entre R$ 150 mil e R$ 168 mil, cerca do triplo do similar movido a combustíveis fósseis.

O consumo de energia de um carro elétrico, dependendo do modelo, no entanto, pode custar de quatro a cinco vezes menos que o gasto de um carro convencional. Segundo Antonio Otelo de Cardoso, diretor técnico da geradora, um carro elétrico consome em média 10 Kw/hora para rodar 80 quilômetros – o consumo equivale a aproximadamente quatro banhos, segundo o especialista.

Considerando a tarifa de energia no Brasil de R$ 0,44 por cada Quilowatt-hora (kWh) consumido, paga-se R$ 4,4 para rodar 80 quilômetros com eletricidade do sistema interligado nacional. Muito menos que cerca de R$ 17 por um veículo médio movido a gasolina.

“A indústria que vende automóveis individuais tem que produzir soluções para não ser apontada como a grande culpada pela emissão de gás carbônico”, avalia o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Francisco Nigro.

Outro exemplo de automóvel eficiente é o Smart, da Mercedes Benz. O motor a combustão desliga automaticamente em congestionamento, reduzindo o consumo de combustível em cerca de 20%. Mas o preço (a partir de R$ 48 mil) é bem mais elevado que o de outros carros compactos.

Desmatamento: Amazônia perdeu 103 km² de florestas no último bimestre

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou hoje (7) os dados de desmatamento dos meses de março e abril de 2010. Segundo o Sistema Deter, foram desmatados 103,5 km² de florestas na Amazônia durante esse bimestre.

A quantidade registrada foi praticamente igual nos dois meses: 51,79 km² em março, e 51,71 km² abril. Pouco mais da metade da Amazônia (57%) estava coberta por nuvens, e não pode ser monitorada.

O desmatamento detectado foi maior do que o dos mesmos meses de 2009, quando o Inpe registrou 17 km² em março e 36 km² em abril. Entretanto, isso não quer dizer, necessariamente, que o desmatamento aumentou, já que naqueles meses a cobertura de nuvens chegou a 88%.

O Estado que apresentou a maior quantidade de florestas desmatadas foi Mato Grosso: foram 76,4 km² nos dois meses. O principal foco foi município de Sinop, com 47 km² de desmatamento. O Inpe detectou apenas 17,7 km² no Pará, Estado que foi o que mais desmatou no ano passado. Isso acontece porque a maior parte do Pará estava coberta por nuvens.

No acumulado do ano do desmatamento - período de agosto de 2009 a abril de 2010 - o Deter apontou 1.475 km2 de desmatamento, o que indica uma redução no desmate de aproximadamente 52%, se compararmos com o mesmo período no ano anterior.

Todos os dados do Deter são públicos e podem ser consultados no site www.obt.inpe.br/deter. Veja também o relatório completo, em PDF.

Chefe do IAP participa de celebração na semana do Meio Ambiente


Foi comemorada durante esta semana em todo o mundo, a semana do Meio Ambiente. Em Foz do Iguaçu autoridades se reuniram para celebrar a data no Parque Remador


No início da semana uma das primeiras atividades aconteceu no dia 1º, onde centenas de pessoas se reuniram para celebrar o dia Mundial do Meio Ambiente no parque recém revitalizado, Remador. As comemorações iniciaram, às 9 horas, com a participação de aproximadamente 40 crianças da Creche Soldadinho de Chumbo, do Porto Meira, na parte da tarde o número de pessoas subiu para mais de mil participantes.

Na ocasião instrutores do Expresso da Alegria contribuíram com a animação da festa, com a realização de ginásticas e músicas infantis. As crianças estavam acompanhadas pelas zeladoras e respectivas professoras.

Técnicos e engenheiros do Instituto Ambiental do Paraná – IAP também estavam presentes para auxiliar na plantação das árvores, e contribuíram com a doação de mudas e sementes. De acordo com o chefe regional, o parque revitalizado agora contará como atração turística no Porto Meira. “Locais como este parque devem ser preservados em todas as gerações, se tratando de Foz do Iguaçu ainda tempos muitas conquistas pela frente, como outros pontos turísticos na cidade. É de extrema importância que o local se mantenha bem estruturado e cuidado pelos visitantes e moradores, pois todos têm o dever de vigiar, cuidando do bem comum”, comentou o chefe regional Irineu Ribeiro.




Também esteve presente a Secretaria da Agricultura que realizou a distribuição de mudas de árvores nativas, sendo algumas doadas pelo IAP. No total foram distribuídas aproximadamente 300 mudas de crotalária, além de sementes dessa planta. Também foram distribuídas cem mudas de plantas nativas de espécies diversas.

Durante a semana do meio ambiente o chefe do IAP atendeu ao pedido de escolas municipais e estaduais realizando palestras sobre como cuidar do meio ambiente, e os prejuízos da não preservação. “Devemos lembrar que não é apenas na semana do Meio Ambiente que preservamos, e sim durante toda a nossa estadia na terra”, finalizou Irineu Ribeiro.

País terá até 8 centrais de energia nuclear


O Brasil deverá ter até 2030 entre quatro e oito centrais de energia nuclear, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Três regiões brasileiras estão sendo estudadas para a implantação de plantas nucleares.


“Começamos a fazer estudos pelo Nordeste, para verificar onde há sítios para instalar as plantas nucleares. Depois vamos fazer no Sudeste e no Sul”, disse o ministro em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.

Segundo Zimmermann, para isso é necessário criar políticas específicas e determinar a tecnologia que será usada. “O estudo, que se iniciará este ano, vai definir a viabilidade técnica e econômica e apurar qual local deve ter essa planta.”

O ministro informou que as obras de construção da usina nuclear Angra 3 já foram retomadas. “Levou mais de dez anos para se tomar uma decisão. A usina foi retomada, está em construção e entrará em operação em 2015.”

Fonte : Via Info

Cientistas apresentam estratégia para limitar o aquecimento global


Embora não tenham chegado a nenhum acordo sobre o que fazer, os países reunidos em Copenhague concordaram que uma ação substancial é necessária para limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus Celsius até o final deste século.

Mas uma ação em que direção? Quais caminhos a ciência mostra aos políticos para que eles possam tomar atitudes que se mostrem eficazes e produzam os resultados esperados?

Limite do aquecimento global

Veerabhadran Ramanathan e Xu Yangyang, pesquisadores da Instituição Scripps de Oceanografia, ligada à Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram três caminhos através dos quais os países com maiores níveis de emissão de gases de efeito estufa podem evitar atingir esse limite de aquecimento.

Este limiar, segundo muitos cientistas do clima, é um ponto além do qual as mudanças climáticas poderão apresentar consequências negativas incontroláveis para a sociedade.

"Sem uma abordagem integrada que combine redução das emissões de dióxido de carbono com reduções de outros aquecedores do clima, e sem leis contra a poluição climaticamente neutra, estamos certos que ultrapassaremos o limiar de 2 º C durante este século", disse Ramanathan.

Abordagens de baixo impacto

No entanto, acrescenta ele, "Eu estou muito entusiasmado com a disponibilidade de várias abordagens de baixo impacto que podem nos ajudar a evitar alterações climáticas incontroláveis."

Usando uma síntese das pesquisas climáticas realizadas nos últimos 20 anos, Xu e Ramanathan descrevem três passos que devem ser tomados para evitar ultrapassar o limite do aquecimento.

Eles salientam que o controle de dióxido de carbono isoladamente não é suficiente para atingir esse objetivo.

Medidas para conter o aquecimento global

A primeira medida defendida pelos cientistas consiste na estabilização das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera.

A segunda defende a criação de leis que limitem a poluição do ar pela emissão de compostos que são neutros em termos de aquecimento global. Essas leis poderiam equilibrar a remoção de aerossóis que têm um efeito de resfriamento da atmosfera, com a retirada dos agentes de aquecimento, tais como a fuligem e o ozônio.

Em terceiro lugar, os dois cientistas defendem ações que visem o resfriamento do clima por meio de reduções de metano, hidrofluorocarbonos e outros gases que perduram na atmosfera por curtos períodos de tempo..

Eles acreditam que o adoção simultânea destas estratégias poderia reduzir a probabilidade de atingir o limiar de temperatura para menos de 10 por cento antes do ano 2050.

Energia radiante

O limiar de 2 graus Celsius para o aumento da temperatura global se traduz em um aumento de energia radiante de 2,5 watts por metro quadrado. Ramanathan e Xu destacam que mesmo se as emissões de gases de efeito de estufa pararem de aumentar nos próximos cinco anos, as atividades humanas "provavelmente" gerarão quase o dobro dessa quantidade de energia radiante.

Esse excesso de energia radiante, porém, é parcialmente compensado pelo efeito de mascaramento de certos tipos de aerossóis que são produzidos em grande parte pela poluição, segundo eles.

Incertezas

Minúsculas partículas de sulfatos e outros poluentes servem para resfriar a atmosfera, refletindo a luz solar ao invés de absorvê-la, direcionando o calor para longe da superfície da Terra.

Por isso, afirmam os autores, as medidas de controle da poluição devem levar em conta e contrabalançar o aquecimento global que vai acontecer quando estes poluentes forem removidos da atmosfera.

Ramanathan e Xu reconhecem que há muitas incertezas sobre a natureza e o papel dos aerossóis e da sensibilidade do clima às ações de mitigação, o que torna difícil de calcular com precisão os efeitos das ações que eles sugerem.

Fonte: Inovação Tecnológica

Chefe do IAP entrega 70 licenças ambientais em Matelândia


No último dia 20, na prefeitura de Matelândia, o chefe regional Irineu Ribeiro entregou licenciamentos ambientais

Lilian Céspedes

Após o trabalho realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Escritório Regional de Foz do Iguaçu – ERFOZ 70 propriedades podem reutilizar o material lenhoso de árvores nativas.

Os pedidos de licenças começaram a surgir após um vendaval que atingiu a cidade de Matelândia. O chefe regional do IAP Irineu Ribeiro esteve presente no município após o vendaval auxiliando no manejo das árvores que haviam caído. Depois do auxílio, empreendedores da região fizeram o pedido da licença no IAP. Os processos foram atendidos, sendo entregues na prefeitura.

De acordo com o chefe regional, com estes licenciamentos em mãos, os moradores de Matelândia têm a oportunidade de construir barracões, móveis e demais necessidades. “As árvores já caídas no vendaval, serão utilizadas para o bem da comunidade, e não será prejudicial à natureza, pois elas não foram cortadas pela mão humana; sabemos que esta ação já era esperada, e o IAP cumpre o seu papel mais uma vez, colaborando com os municípios”, comentou Irineu Ribeiro.

Para Roberto Câmara, que representou a secretaria do meio ambiente de Matelândia durante a entrega das licenças, estes licenciamentos já eram muito aguardados pelos moradores da região, mesmo com pouco tempo de espera, os agricultores podem confeccionar as necessidades. “Nós agradecemos ao chefe regional Irineu Ribeiro, pela atenção ao nosso problema aqui no município, sem dúvida os licenciamentos irão contribuir de forma sustentável para as necessidades dos moradores, que de certa forma também foram prejudicados com as árvores que caíram, agora podem ser recompensados”, explica Câmara.

Brasil pode receber para preservar florestas

Em uma negociação informal, países desenvolvidos concordaram em repassar US$ 3,5 bilhões entre 2010 e 2012 para uma espécie de “REDD interino”, de acordo com a diretora da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Thais Juvenal.

No fim deste mês, em uma reunião na Noruega, as partes deverão acertar a distribuição dos recursos.

“É um mecanismo interino, para funcionar antes do REDD, entre 2010 e 2012, quando esperamos ter um acordo formal fechado. Esse dinheiro será investido na preparação de projetos e em atividades demonstrativas. O Brasil tem grande chance de receber quantidade significativa de recursos”, contou Thais após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados.


O REDD é um dos pontos mais avançados na negociação climática. Apesar do fracasso na reunião da ONU em Copenhague, em dezembro, países ricos e pobres concordam que as florestas têm papel fundamental na redução de emissões globais de gases de efeito estufa. “A proposta está muito amadurecida. Tivemos muitos consensos em Copenhague”, disse Thais.

Apesar dos avanços, ainda há questões fundamentais a serem resolvidas. O financiamento não está definido e não se sabe se o REDD será um mecanismo específico ou se fará parte das Ações Nacionais de Mitigação, as chamadas Namas, no jargão climático.

Mesmo sem a definição da regulamentação internacional, tramita na Câmara um projeto de lei para criar um crédito de carbono específico para o REDD. A iniciativa, segundo a representante do MMA, corre o risco de se sobrepor à negociação da ONU.

“Acho que começamos a discussão pelo fim. Não precisamos de um sistema de créditos, mas de sistemas de monitoramento e de inventários. Isso é o que vai atrair recursos, mesmo que não sejam na forma de créditos [de carbono]“, avaliou.

O diretor-geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, também recomendou cautela na aprovação de leis nacionais sobre o tema antes da definição da ONU, que pode sair na próxima Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), em dezembro, no México.

“O projeto de lei deve ter flexibilidade necessária para abrigar regras que serão definidas na regulamentação internacional. A lei não deve entrar em matéria de legislação internacional.”

Representantes de organizações ambientalistas e de comunidades tradicionais da Amazônia aproveitaram a audiência para defender a inclusão dos povos da floresta na discussão dos projetos e garantir que sejam os principais beneficiados na divisão dos recursos.

A relatora do projeto, deputada Rebecca Garcia (PP-AM), disse que a proposta não pretende se adiantar às regras da ONU e que ainda deve ouvir mais especialistas antes de fechar o texto. “Não queremos nem temos competência para sobrepor a legislação internacional. Mas a intenção é ter algo aprovado ainda este ano para o Brasil levar uma proposta consistente para a COP-16.”

Brasil é o país que causa maior impacto ao meio ambiente

Pesquisadores elaboraram dois rankings de países que mais degradam o meio ambiente. Em uma das listas, a que considera o impacto absoluto de cada nação, o Brasil aparece como o pior país, graças ao desmatamento

Bruno Calixto

Um estudo publicado na revista científica PloS One (www.plosone.org) identificou o Brasil como um dos países que mais causam danos ao meio ambiente. A pesquisa, intitulada "Evaluating the Relative Environmental Impact of Countries", foi produzida por pesquisadores da Universidade de Adelaide, Austrália, e publicada no dia 9 deste mês.

O artigo compara o estado da degradação do meio ambiente em mais de 170 países, utilizando diversos critérios, como crescimento da população de cada país, desmatamento, poluição marinha e perda da biodiversidade. O documento também apresenta dois rankings de países que mais causam impacto à natureza.

Segundo os autores, o objetivo do ranking é identificar as nações mais bem sucedidas na condução de políticas para reduzir a degradação ambiental, e também apontar as políticas que falharam. "Nosso objetivo aqui é apresentar métricas simples para medir os impactos ambientais - absolutos ou proporcionais - dos países", diz o estudo, em livre tradução do inglês.

Em uma das listas, a que considera o impacto ambiental de maneira absoluta, isto é, sem considerar o tamanho do país ou a quantidade de recursos naturais disponíveis, o Brasil foi classificado como o país que causa mais impacto no meio ambiente.

O principal motivo para que o Brasil tenha sido considerado o pior para o meio ambiente, na lista absoluta, é o desmatamento. O país é o primeiro no critério de perda de floresta natural e o terceiro em conversão do habitat natural. O Brasil também foi classificado como quarto no total de espécies ameaçadas e na quantidade de emissões de CO2.

"De uma perspectiva global, os países mais populosos e economicamente influentes tiveram o maior impacto ambiental absoluto: Brasil, EUA, China, Indonésia, Japão, México, Índia, Rússia, Austrália e Peru foram os 10 países pior classificados", diz o artigo.

A segunda lista classifica os países levando em conta seu impacto proporcional ao total de recursos naturais presentes em cada país. Nessa classificação, o Brasil não aparece entre os 20 piores.

"Este índice classifica os seguintes países como tendo o maior impacto ambiental proporcional: Cingapura, Coréia, Qatar, Kuwait, Japão, Tailândia, Bahrain, Malásia, Filipinas e Holanda", diz o estudo.

De acordo com a pesquisa, existe uma relação, indicando que os países que mais degradam o meio ambiente são aqueles com maior população e maior riqueza.

"Os resultados também mostram que a comunidade mundial deve incentivar os países menos desenvolvidos a um melhor desempenho ambiental, especialmente na Ásia", diz o artigo.

Isso porque seis países asiáticos aparecem no topo, tanto da lista proporcional quanto daquela que avalia o impacto ambiental absoluto: China, Indonésia, Japão, Malásia, Tailândia e Filipinas.

O artigo está disponível, na íntegra e em inglês, no seguinte endereço:

http://www.plosone.org/article/info:doi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0010440

Os 10 maiores acidentes petrolíferos


A maré negra que se espalha no Golfo do México desde a explosão e o afundamento da plataforma da British Petrolium, no último dia 20 de abril, tem o potencial de causar danos ambientais de grande alcance.

Mas não é, nem de longe, um dos maiores vazamentos de petróleo já registrados na história. Nos últimos 70 anos, mais de 80 episódios de média e alta gravidade lançaram nos mares e oceanos cerca de 7,4 bilhões de litros de petróleo – o correspondente ao volume de quase 3000 piscinas olímpicas. Os dez maiores desastres respondem por 68% desse total.


Seriam necessários meses para o acidente da BP se igualar ao do Ixtoc I, um superpetroleiro que explodiu há 30 anos e derramou 454 mil toneladas de petróleo na baía de Campeche, no México.

E anos para alcançar a magnitude dos 2 bilhões de litros derramados pelas forças iraquianas durante a Guerra do Golfo, em 1991, o maior da história. O volume de óleo jorrado pelo poço da BP – cerca de 11 milhões de litros, até agora – ainda é dez vezes menor que o liberado em 1967 pelo Torrey Canyon, um dos primeiros supertanques petrolíferos, que, após colidir com um recife, despejou 119 mil toneladas do óleo na costa sudoeste do Reino Unido.

Se o vazamento no Golfo do México não for controlado a tempo, talvez suas consequências se igualem às do Exxon Valdez, que entrou pra história não como um dos maiores acidentes petrolíferos, mas como um dos mais graves e emblemáticos. Em 1989, a embarcação americana contaminou 2.000 quilômetros de um litoral intocado, matando milhares de aves marinhas, focas, lontras e orcas. Duas décadas depois, ainda restam 95 mil litros de óleo na região, a maior parte debaixo da terra, segundo um estudo publicado em janeiro na revista Nature Geoscience.

A seguir conheça os dez maiores acidentes petrolíferos da história, suas cronologias e dimensões de vazamento:

1- Guerra do Golfo, Kuwait, Golfo Pérsico (janeiro/1991)

Volume: 1 milhão e 360 mil toneladas (753 piscinas olímpicas)

O pior vazamento de petróleo da história não foi propriamente acidental, mas deliberado. Causou enormes danos à vida selvagem no Golfo Pérsico, depois que forças iraquianas abriram as válvulas de poços de petróleo e oleodutos ao se retirarem do Kuwait.

2- Ixtoc I, Campeche, Golfo do México (junho/1979)

Volume: 454 mil toneladas (251 piscinas olímpicas)

A plataforma mexicana Ixtoc 1 se rompeu na Baía de Campeche, derramando cerca de 454 mil toneladas de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou, por mais de um ano, as costas de uma área de mais de 1.600 km2.

3- Poço de petróleo Fergana Valley, Uzbequistão (março/1992)

Volume: 285 mil toneladas (158 piscinas olímpicas)

Trata-se de um dos maiores acidentes terrestres já registrados. Em março de 1992, a explosão de um poço no Vale da Fergana afetou uma das áreas mais densamente povoadas e agrícolas da Ásia Central.

4- Atlantic Empress, Tobago, Caribe (julho/1979)

Volume: 287 mil toneladas (159 piscinas olímpicas)

Durante uma tempestade tropical, dois superpetroleiros gigantescos colidiram próximos à ilha caribenha de Tobago. O acidente matou 26 membros da tripulação e despejou milhões de litros de petróleo bruto no mar.

5- Nowruz, Irã, Golfo Pérsico (fevereiro/1983)

Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)

Durante a Primeira Guerra do Golfo, um tanque colidiu com a plataforma de Nowruz causando o vazamento diário de 1500 barris de petróleo.

6- ABT Summer, Angola (maio/1991)

Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)

O superpetroleiro Libéria ABT Summer explodiu na costa angolana em 28 de maio de 1991 e matou cinco membros da tripulação. Milhões de litros de petróleo vazaram para o Oceano Atlântico, afetando a vida marinha.

7- Castillo de Bellver, Africa do Sul (agosto/1983)

Volume: 252 mil toneladas (139 piscinas olímpicas)

Depois de um incêndio a bordo, seguido de explosão, o navio espanhol rachou-se ao meio, liberando cerca de 200 milhões de litros do óleo na costa de Cape Town, na África do Sul. Por sorte, o vento forte evitou que a mancha alcançasse o litoral, minimizando os efeitos ambientais do desastre.

8 – Amoco Cadiz, França (março/1978)

Volume: 223 mil toneladas (123 piscinas olímpicas)

Um dos piores acidentes petrolíferos do mundo aconteceu em 1978, quando o supertanque Amoco Cadiz rompeu-se ao meio perto da costa noroeste da França. O vazamento matou milhares de moluscos e ouriços do mar. Esta foi a primeira vez que imagens de aves marinhas cobertas de petróleo foram vistas pelo mundo.

9 – M T Haven, Itália (abril/1991)

Volume: 144 mil toneladas (79 piscinas olímpicas)

Outro superpetroleiro, o navio gêmeo do Amoco Cadiz explodiu e naufragou próximo da costa de Gênova, matando seis tripulantes. A poluição na costa mediterrânea da Itália e da França se estendeu pelos 12 anos seguintes.

10 – Odyssey, Canadá (setembro/1988)

Volume: 132 mil toneladas (73 piscinas olímpicas)

O poço petrolífero localizado na província canadense de Newfounland explodiu durante uma operação de perfuração da plataforma americana Odyssey. Uma pessoa morreu e outras 66 foram resgatadas sem ferimentos.

ESTAGIÁRIOS DO IAP DIVIDEM CONHECIMENTO COM PROFESSORES



Estagiários do IAP dividem conhecimento com professores

Foi realizada na tarde de hoje (13) nas dependências do Instituto Ambiental do Paraná - IAP a primeira mesa redonda com professores e estagiários

Por Lilian Céspedes

A ocasião serviu para que professores orientadores conhecessem um pouco mais do trabalho realizado por estagiários voluntários, cedidos pelas faculdades Anglo Americano – FAA e União Dinâmica de Faculdades Cataratas – UDC.

Desde o início de 2010 quase 10 voluntários estão atuando no instituto, a fim de aprender a prática lecionada em teoria na sala de aula, com esta nova experiência, acadêmicos aproveitam para dividir o conhecimento com professores e colegas. Em uma mesa redonda os voluntários se dispuseram a responder perguntas dos próprios professores.

Entre os assuntos abordados estava a questão de licenciamentos ambientais. “Os licenciamentos ambientais são divididos em três níveis: Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e por fim a Licença de Operação – LO. Cada nível das licenças tem por finalidade estudar e avaliar o local do futuro empreendimento, através de vistorias”, explicou a acadêmica Cleide Januário de Matos do 9º período de engenharia ambiental.

Para sanar as dúvidas do que é feito pelos estagiários, os mesmos explicaram os detalhes no atendimento na área administrativa [área de atuação dos mesmos]. “Vários empreendedores têm dúvidas no momento de preencher o formulário pelo site, ou até mesmo sobre o licenciamento e sua renovação. Nós os atendemos e ajudamos a retirar essas dúvidas, caso não sabemos responder temos a orientação dos profissionais do Instituto Ambiental do Paraná – IAP e assim podemos aprender e também ensinar”, esclareceu a acadêmica Juliana Soares 8º período de engenharia ambiental.

De acordo com o chefe regional do IAP, Irineu Ribeiro, essa oportunidade de estágio no instituto é algo inédito, pois os professores fazem a pré-análise dos projetos, onde simplifica os trabalhos conclusivos do IAP, além disso, esta oportunidade tende a contribuir no currículo do futuro profissional. “Logo com concursos públicos esses mesmos estagiários poderão ter a oportunidade de voltar a trabalhar no instituto, e se não for essa a vocação deles eles podem abrir a própria consultoria, entre diversos outros segmentos, essa é uma oportunidade que todos saem ganhando”, comentou Irineu.

As professoras mestres da UDC, Norma Barbado e Paula Vergili Pérez que estavam presente na mesa redonda se impressionaram com a atenção das acadêmicas quanto ao estágio, e as práticas feitas no local. “Esta reunião foi uma aula, mas quem estava do outro lado eram as acadêmicas. Na próxima edição teremos poderemos convidar mais acadêmicos para aprender com elas”, contou a professora Ms. Paula Vergili.

A mesa redonda será realizada duas vezes por mês no instituto. “Acadêmicos de outras faculdades e cursos também estão convidados para vir aprender. Na próxima edição o tema será: Auto de Infração”, finalizou Irineu Ribeiro.

Lixo eletrônico do país terá inventário de produção, recolhimento e reciclagem


Todo o lixo eletrônico produzido no Brasil terá um inventário para que as empresas firmem um pacto de recolhimento e reciclagem. O acordo foi assinado na segunda-feira, 10 de maio, em São Paulo, pela ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, e o presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca.

“Saiu um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) dizendo que o Brasil é o quarto ou quinto país [no mundo] em número de lixo eletrônico, e nós vamos fazer agora um inventário para saber qual o comportamento do nosso país [diante do problema]”, afirmou Isabella.

Pelo documento do Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado no começo deste ano, o mundo produz, a cada ano, cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico a mais, e o Brasil está entre os maiores produtores.

Como o ministério não foi consultado sobre o problema, segundo a ministra, a ideia é fazer um inventário dimensionar o tamanho do lixo eletroeletrônico brasileiro e o destino que é dado atualmente a esse tipo de material.

Para Victor Bicca, é importante que a maioria das empresas do setor participem da elaboração do inventário. “A previsão é de que a gente possa fazê-lo em quatro meses. Ele contará com a participação de todas as empresas que fazem parte do Comitê Eletroeletrônico do Cempre. Também vamos convidar as outras associações que representam o setor eletroeletrônico. Tudo isso sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente”, explicou.

Além do inventário, também foi inaugurado um site que vai informar o consumidor sobre como deve ser realizada a devolução de aparelhos como computadores, impressoras, telefones celulares, câmeras e até geladeira. O consumidor poderá consultar os sites do Cempre e do MMA, onde encontrará os locais de coleta e a reciclagem dos materiais.

Isabella Teixeira informou que o ministério está estudando a adoção de medidas, como a redução de impostos ou a distribuição de cupons de troca por outros produtos, como estímulo ao consumidor.

“Com isso a gente espera permitir uma mudança no comportamento do consumidor para que eles passem a entender o que significa comprar, às vezes de maneira desenfreada, sem entender onde vai ficar o resultado dessa compra."

Atualmente, tramita no Senado Federal o projeto da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A expectativa é de que ele seja votado e aprovado no fim deste mês e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

“Estamos nos antecipando a uma lei que está sendo votada para permitir que o empreendedor ou aquele que gera um produto, que vai dar no resíduo [lixo], tenha a responsabilidade de recolhê-lo, dando a esse produto a destinação adequada”, concluiu a ministra.

MÃE TERRA E MÃE MULHER

Mãe Terra e Mãe Mulher

"Falar em Mãe é tão complexo quanto o universo,
Pois, Terra e Mulher se assemelham.
As duas são férteis e fecundas, Elas geram e reproduzem vidas.
Guardam a semente em seu ventre para germinar,
Esperando o seu próprio tempo para brotar.
Protegem em seus colos para crescer e dormir,
Amamentam plantas e gente até tornar-se independentes para reproduzir.
A você Mãe Mulher que lutastes pela conquista da Mãe Terra,
Tens o perfume das flores, dos campos a beleza e o sabor da Natureza.
Mãe é carinho, amor, alimento, exemplo e segurança,
É afeto, paixão, tranquilidade, paz e esperança.
Seus espaços não são limitados, o que te resta é acreditar,
Sois, a metade da sociedade, e a mãe de toda a humanidade.
Fostes tu que descobristes o cultivo agrícola, através da observação,
E na existência da espécie humana, tens influência em todas as evoluções.
Mãe da roça e da cidade, trabalhadora explorada chegou a hora de despertar,
Para romper com a opressão, submissão e preconceito,
é preciso sua força somar.
Pois, as mesmas mãos que afagam a terra e acariciam os seus filhos,
Também são capazes de empunhar o facão para cortar as cercas do latifúndio.
O mesmo olhar que aprecia atentamente seu filho crescer,
Sem vacilar faz ronda no acampamento para a repressão não surpreender.
O peito que esconde um coração dócil, meigo e amigo,
Também guarda a revolta e a indignação de viver numa sociedade excludente.
A mesma mulher frágil capaz de chorar junto com seu filho que chora de fome,
Também ousa em enfrentar o exército e
empunhar armas em defesa de seus direitos.
Aquela voz suave e macia que carinhosamente fica ninando o bebê até adormecer,
Também é capaz de dar o grito de guerra e se põe em prontidão para se libertar.
A mesma Mãe que carrega o feto em seu útero
para o nascimento de um novo Ser,
É o embrião que fermentará os sentimentos dos novos tempos da revolução."

Energia super verde: hidrogênio é gerado com som e água


Cientistas criaram um novo tipo de cristal que, quando mergulhado em água, absorve as vibrações do ambiente, criando fortes cargas negativas e positivas em suas extremidades.

As cargas elétricas são suficientes para quebrar as moléculas de água ao redor, liberando hidrogênio e oxigênio.

Energia verde

Parece bom demais para ser verdade: os cristais podem aproveitar uma espécie de poluição - o barulho e as vibrações das ruas e estradas, por exemplo - para gerar o mais verde dos combustíveis, o hidrogênio, que pode abastecer carros ou usinas elétricas liberando apenas água como resíduo.

"É uma espécie de almoço grátis," explica o Dr. Huifang Xu, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. "Você captura energia do ambiente da mesma forma que as células solares capturam energia a partir da luz do Sol."

Efeito piezoeletroquímico

A fotossíntese artificial é um objetivo longamente perseguido pelos cientistas. Recentemente cientistas do MIT utilizaram até um vírus para quebrar as moléculas de água e gerar hidrogênio.

Xu e seus colegas adotaram uma via muito mais simples: eles geraram hidrogênio usando uma nova variedade de cristais piezoelétricos, materiais que geram energia quando pressionados e que estão sendo largamente estudados como uma forma de gerar eletricidade a partir do movimento.

Os novos cristais, contudo, feitos de óxido de zinco, foram projetados para operaram submersos, de forma que a eletricidade que geram, em vez de ser transportada por um fio, é liberada diretamente na água, quebrando as moléculas e liberando o oxigênio e o hidrogênio.

Os pesquisadores batizaram o novo fenômeno de efeito piezoeletroquímico.

Energia das vibrações

Ao crescerem, os cristais assumem a forma de finas microfibras altamente flexíveis. Uma vibração, oriunda de ondas sonoras, por exemplo, é suficiente para dobrá-las, fazendo-as gerar eletricidade.

Os pesquisadores demonstraram que vibrações ultrassônicas fazem as fibras piezoeletroquímicas curvarem suas extremidades entre 5 e 10 graus, criando um campo elétrico com uma tensão suficiente para quebrar as moléculas de água, liberando oxigênio e hidrogênio.

A taxa de eficiência das microfibras de óxido de zinco atinge 18%, medida em termos de sua capacidade de converter as vibrações em energia contida nas moléculas de hidrogênio produzidas. Os cristais piezoelétricos tradicionais apresentam uma taxa de conversão de 10%.

Para aproveitar as vibrações disponíveis em cada ambiente, basta crescer fibras de tamanhos variados, que se tornam sensíveis a frequências diferentes.

Chefe do IAP esclarece dúvidas de agricultores


Irineu Ribeiro, chefe do IAP ERFOZ contribui com o município de São Miguel do Iguaçu com informações sobre a criação de leis de zoneamento para atividades da agroindústria

Foi realizada na Câmara de Vereadores de São Miguel do Iguaçu uma reunião com a secretaria de agricultura, SEAB, Emater, cooperativa Lar, entre outras cooperativas da região, também estava presente o prefeito do município, Armando Polita que apresentou aos agricultores informações atuais sobre a suinocultura e avicultura da cidade.
O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná – IAP Irineu Ribeiro também estava à disposição dos presentes, expondo os aspectos locacionais para instalação de atividades da agroindústria. Um dos principais pontos abordados pelo chefe foi à localização para a implantação de empreendimentos de suinocultura.
As áreas devem ser de uso rural e estar em conformidade com as diretrizes de zoneamento do município. A área do empreendimento, incluindo armazenagem, tratamento e disposição final de dejetos, deve situar-se a uma distância mínima de corpos hídricos, de modo a não atingir áreas de preservação permanente, conforme estabelecido na legislação ambiental vigente”, explicou Irineu Ribeiro, lembrando que de acordo com o Decreto Estadual 5.503, de 21 de março de 2002, os empreendimentos devem ter no mínimo 50 metros de distância das divisas de terrenos vizinhos, podendo esta distância ser inferior quando da anuência legal dos respectivos confrontantes.
Já o prefeito de São Miguel, ajudou os agricultores a entender as competências da secretaria de agricultura da região, formulando junto aos agricultores presentes melhorias para a secretaria, com o objetivo de facilitar o trabalho de ambos os lados.
A ocasião foi uma oportunidade dos empreendedores terem contato direto com o chefe regional, que se colocou a disposição para tirar as dúvidas e distribuir informações de interesse. Ao término da reunião o chefe regional também sugeriu a alteração da secretaria de agricultura, para Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura.

Cientistas não sabem onde está o calor do aquecimento global


As ferramentas de observação atualmente disponíveis não conseguem explicar aproximadamente metade do calor que se acredita estar se acumulando na Terra nos últimos anos.

Enquanto os instrumentos dos satélites artificiais indicam que os gases de efeito de estufa continuam a aprisionar cada vez mais energia solar, ou calor, desde 2003 os cientistas têm sido incapazes de determinar para onde está indo a maior parte desse calor.

Isso leva a uma de duas possibilidades: ou as observações dos satélites estão erradas ou grandes quantidades de calor estão indo para regiões que ainda não são adequadamente monitoradas e medidas, como as partes mais profundas dos oceanos.

Para agravar o problema, as temperaturas da superfície da Terra apresentaram uma forte estabilização nos últimos anos. Contudo, o derretimento das geleiras e do gelo do Ártico, juntamente com a elevação dos níveis do mar, indicam que o calor continua tendo efeitos profundos no planeta.

Calor perdido

Cientistas do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica (NCAR), nos Estados Unidos, advertem que os sensores de satélites, as boias oceânicas e os outros instrumentos são inadequados para rastrear esse calor "perdido", que pode estar se acumulando nas profundezas dos oceanos ou em qualquer outro lugar do sistema climático.

"O calor vai voltar a nos assombrar mais cedo ou mais tarde", diz Kevin Trenberth, um dos autores do artigo que foi publicado na revista Science.

"O alívio que nós tivemos na elevação das temperaturas nos últimos anos não vai continuar. É fundamental rastrear o acúmulo de energia em nosso sistema climático para que possamos entender o que está acontecendo e prever o clima futuro," afirma ele.

Fluxo de energia

Trenberth e seu colega John Fasullo sugerem que o início rápido do El Niño no ano passado - o evento periódico marcado pela elevação da temperatura superficial do Oceano Pacífico tropical - pode ser uma maneira em que a energia "perdida" tem reaparecido.

Outra fonte de informação, mas agindo no sentido oposto, são os invernos inesperadamente frios ao longo dos Estados Unidos, Europa e Ásia, que tem marcado os últimos anos e que as previsões indicam deverão perdurar nos próximos.

Eles afirmam que é imperativo medir melhor o fluxo de energia através do sistema climático da Terra.

Por exemplo, qualquer plano de geoengenharia que queira alterar artificialmente o clima do mundo para combater o aquecimento global pode ter consequências inesperadas, que podem ser difíceis de analisar a menos que os cientistas possam monitorar o calor ao redor do globo.

Calor acumulado nos oceanos

Os dados dos instrumentos dos satélites mostram um crescente desequilíbrio entre a energia que entra na atmosfera a partir do Sol e a energia liberada a partir da superfície da Terra. Este desequilíbrio é a fonte de longo prazo do aquecimento global.

Mas rastrear a quantidade crescente de calor na Terra é muito mais complicado do que medir as temperaturas na superfície do planeta.

Os oceanos absorvem cerca de 90 por cento da energia solar capturada pelos gases de efeito estufa. O restante se divide entre as geleiras, os mares congelados, a superfície não coberta pelo mar e a atmosfera - ou seja, somente uma pequena fração do calor capturado aquece o ar da atmosfera.

E, apesar das medições dos satélites, o calor medido nos oceanos, até uma profundidade de cerca de 1.000 metros, está constante há anos.

Possibilidades de erro

Embora seja difícil quantificar a quantidade de energia solar que chega à Terra com precisão, Trenberth e Fasullo estimam que, com base em dados de satélites, a quantidade de energia acumulada parece ser de cerca de 1 watt por metro quadrado, enquanto os instrumentos oceânicos indicam um acúmulo de cerca de 0,5 watt por metro quadrado.

Isso significa que aproximadamente metade da quantidade total de calor que se acredita ser aprisionado pelos gases de efeito estufa está "desaparecido."

Há muitas possibilidades de erro, e esse "calor perdido" pode ser uma ilusão, dizem os autores.

O não fechamento do balanço global de energia pode ser resultado de imprecisões nas medições por satélites, imprecisões nas medições feitas pelos sensores de superfície ou mesmo do processamento incorreto dos dados, dizem os autores.

Corrigir os satélites ou encontrar o calor perdido

Tudo ia bem até 2003, quando uma frota de robôs submarinos e boias automáticas foi lançada ao mar para coletar dados atmosféricos em um nível nunca antes alcançado.

Em vez de reforçar os modelos climáticos que apontam para o aquecimento global, os novos sensores mostraram uma redução na taxa de aquecimento oceânico, ainda que o desequilíbrio medido pelos satélites continue apontando que o balanço líquido de energia da Terra está aumentando.

Os robôs submarinos da missão Argo também ajudaram a verificar que as mudanças na circulação oceânica não estão ocorrendo como os cientistas previam - veja Correia Transportadora Oceânica não está desacelerando, diz NASA.

Para resolver o mistério, os cientistas propõem duas medidas: aumentar a capacidade dos robôs submarinos, lançando equipamentos mais modernos que possam atingir profundidades entre 1.000 e 2.000 metros, onde o calor pode estar se acumulando, e o desenvolvimento de novas formas de calibrar os sensores dos satélites, uma forma de garantir que suas medições são precisas.

Fonte: Inovação Tecnológica

Missal e Itaipulândia recebem licenças ambientais


O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Irineu Ribeiro entregou em cerimônia nas cidades de Missal e Itaipulândia aproximadamente 100 licenças


Por Lilian Céspedes


Um dos momentos mais esperados para muitos empresários, agricultores e trabalhadores do município de Itaipulândia e Missal chegou: as entregues das licenças ambientais aconteceu durante dois dias (um em cada cidade) nesta semana.

O empresário Agenor Costa (Missal), que possuí uma fábrica metalúrgica fez questão de ressaltar que apesar de ser um momento de grande alegria, não deixa de elogiar a agilidade da equipe do Instituto Ambiental do Paraná – IAP. “O processo da minha Licença de Operação – LO foi rápida, durante o tempo de espera o IAP me deixava informado quanto aos passos da minha licença, e sempre muito prestativos”, contou o empresário de Missal.





Até mesmo o prefeito de Missal, Adilto Luis Ferrari parabenizou a o chefe regional, Irineu Ribeiro, pelo trabalho prestado a Missal. “Nós sabemos que o IAP tem mais de 30 mil processos, e mesmo assim com o município é sempre pontual. A equipe que apóia o Irineu está sendo cada dia mais profissional, levando até o pequeno agricultor segurança e consciência na área ambiental”, elogiou o prefeito.

Itaipulândia

Na cidade vizinha a Missal, a satisfação não poderia ser diferente. Cerca de 100 pessoas participaram da cerimônia de entrega de licenciamentos ambientais, Feita pelo próprio chefe regional.

“Essa é uma nova realidade de parceria entre o IAP e a Friela, pois em poucos dias já tivemos o retorno do IAP. Estou contente com o trabalho da equipe, que provou ser ágil. Este é um voto de confiança que o instituto está dando a muitos trabalhadores”, comentou Egídio Valiatti, proprietário da indústria Friela.





Para Irineu Ribeiro, este foi o resultado do trabalho feito em equipe pelo IAP, a fim de proporcionar segurança quanto à propriedade de cada empresário. “Esse foi mais um passo dado pelo instituto, visando atender todos os processos o mais rápido possível; nós chegamos a emitir licenças no prazo de sete dias, o que sem dúvida é uma maneira de deixar todos que dependem do licenciamento mais tranqüilos, lembrando sempre que a Licença Ambiental é vinculada a instituições financeiras, gerando emprego e renda as famílias”, explicou o chefe regional.

O prefeito de Itaipulândia também não poupou elogios quanto ao IAP, e dizendo que este é um exemplo a ser seguido. “Os agricultores estão sendo presenteados com estas licenças; o IAP provou muita eficiência, desempenhando um ótimo trabalho ao adiantar os processos das licenças”, elogiou o prefeito Lotário Knop.

Telhado inteligente economiza energia em todas as estações


Cubra a sua casa com um telhado claro, capaz de refletir a luz solar, e você terá efeitos opostos conforme a estação. A casa ficará fria no verão, diminuindo a necessidade do ar condicionado, mas ficará gelada no inverno, aumentando o uso do aquecedor.

Escolha telhas pretas e o resultado será inverso, com uma casa quentinha no inverno mas tórrida no verão.

Ou seja, mesmo querendo aderir a uma construção mais ambientalmente correta, será difícil escapar do consumo de energia numa ou noutra estação. Não dá para ter as duas coisas ao mesmo tempo.

"Telhado inteligente"

Mas essa situação se refere apenas aos telhados "burros" atuais, cuja única propriedade variável é a capacidade de absorção ou reflexão da luz solar dadas pela sua cor.

Um grupo de engenheiros dos Estados Unidos lançou agora o conceito de "telhado inteligente", capaz de "ler" um termômetro e ajustar suas propriedades de acordo com a temperatura.

Fabricado com um material derivado do óleo de cozinha usado, o revestimento muda automaticamente de característica, passando para a reflexão ou para a absorção do calor solar quando a temperatura exterior atinge um valor específico predeterminado, que pode ser ajustado às condições climáticas locais.

Telhados revestidos com o novo material serão capazes de refletir a abrasadora luz do Sol do verão, diminuindo os gastos com ar condicionado. Durante o inverno, o material passa a absorver o calor, ajudando a aquecer o interior da residência e diminuindo os gastos com aquecimento.

Biorrevestimento

"Este é um dos materiais de revestimento de coberturas mais inovadores e práticos desenvolvidos até hoje," afirma o Dr. Ben Wen, líder do projeto de pesquisa.

"Este biorrevestimento de telhado inteligente, em comparação com um telhado tradicional, é capaz de reduzir os custos de aquecimento e de refrigeração ao mesmo tempo, uma vez que ele responde ao ambiente externo. Além disso, proporcionará um novo uso para milhões de litros de óleo usado," diz ele.

Os testes mostraram que revestir um telhado com a cobertura à base de óleo reciclado pode reduzir a temperatura das telhas de 50 a 80% nos meses mais quentes do ano.

Durante o inverno, o revestimento pode aumentar a temperatura do telhado em até 80 por cento em comparação com os telhados tradicionais.

"Mesmo que a temperatura do teto seja reduzida ou aumentada em uns poucos graus, dependendo da temperatura exterior, essa mudança pode fazer uma grande diferença na conta de energia", argumenta Wen.

Processamento do óleo de cozinha

Para fabricar o revestimento, o óleo de cozinha usado é transformado em um polímero líquido que endurece após a aplicação. Ao contrário do óleo descartado, que pode trazer consigo o cheiro das frituras, o polímero resultante é praticamente inodoro.

Os fabricantes poderão produzi-lo em qualquer tonalidade, variando do claro ao preto, dependendo dos aditivos usados. Segundo Wen, mesmo sendo um plástico, o material é não-inflamável e atóxico.

Wen adverte contra tentativas de jogar óleo de cozinha usado sobre o telhado na tentativa de conseguir um efeito similar. Isso porque o óleo de cozinha comum não irá se transformar em um polímero e não irá endurecer, além de não conter o ingrediente para controlar os níveis de luz infravermelha e ainda representar um risco de incêndio para a casa.

O próximo passo da pesquisa é monitorar a durabilidade do material. Embora falem em "vários anos", os pesquisadores afirmam que a cobertura poderá ser reaplicada se deteriorar.

Eles esperam ter o produto pronto para comercialização dentro de três anos.

Saneamento do Brasil é um dos piores do mundo


A vida pacata de Zenilda Barbosa Firmino, moradora há 25 anos do Núcleo Rural Taquara, a cerca de 50km do Plano Piloto, nada tem a ver com o horror terrorista do Afeganistão, a matança provocada pela guerra civil no Timor Leste ou a fome que dizima milhares no Sudão. Em um ponto, porém, a realidade da mulher de 54 anos se aproxima muito do ambiente vivenciado nesses países marcados por miséria extrema. É que no Brasil apenas 23,1% da população rural têm acesso a esgotamento sanitário — índice pior que o da Nigéria, por exemplo, onde 25% dos moradores do campo são atendidos com serviços adequados de saneamento. Os dados nacionais constam do mais recente relatório de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que foram comparados com as estatísticas oficiais de outras nações pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Diante de tal quadro, é consenso entre especialistas que uma das oito metas do Projeto ODM — reduzir pela metade, até 2015, a proporção de pessoas sem acesso permanente a água potável e a esgotamento sanitário — dificilmente será atingida pelo Brasil caso o atual ritmo de melhora seja mantido. Na prática, isso significa chegar a 44,85% de excluídos do serviço de esgoto na área rural em cinco anos. Só que, entre 1992 e 2008, tal índice caiu pouco: de 89,7% para os atuais 76,9%. Quase metade de todos os moradores do campo no país — cerca 30 milhões de pessoas, ou 16% da população brasileira — utiliza fossas rudimentares, 5,6% depositam seus dejetos em valas e 3,1% jogam direto em rios, lagos ou no mar. Para 21%, o drama é ainda pior: eles simplesmente não contam com nenhuma forma de se livrar do esgoto (veja quadro).

“Historicamente a área rural é largada à própria sorte, inclusive no saneamento. Os índices no setor simplesmente não condizem com a oitava economia do mundo. Países como Chile, Argentina e Uruguai têm realidades melhores que a nossa”, protesta Cassilda Teixeira de Carvalho, presidenta da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Ela defende uma mudança gerencial, de cultura e de mentalidade para driblar o problema. “É isso que falta nas políticas públicas, mais do que uma carência de recursos financeiros”, alfineta.

Obstáculos

Para as instâncias do governo federal ligadas ao setor — que não negam a deficiência —, são vários os obstáculos a serem vencidos a fim de garantir o esgotamento sanitário adequado fora das cidades. Entre os principais, estão distância, pulverização geográfica das residências e dinheiro. “O custo da infraestrutura para atender uma comunidade pequena acaba se tornando inviável financeiramente. Temos que trabalhar com alternativas tecnologicamente adequadas”, afirma Sérgio Gonçalves, do Departamento de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades.

Coordenador de Engenharia Sanitária da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Pedro Villar reafirma o problema de financiamento, embora destaque que o orçamento a ser gasto na área vem, aos poucos, aumentando. “Não digo escassez, mas há limitação de recursos”, diz o engenheiro da entidade, cuja tarefa é atender, na área do saneamento, municípios com menos de 50 mil habitantes e vilas rurais de até 2,5 mil moradores, além de quilombolas, indígenas, ribeirinhos e assentados.

Walder Suriani, superintendente executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), não duvida da dificuldade financeira de implementar equipamentos adequados de esgoto na área rural. “Nossos investimentos, falando como companhia, precisam ter retorno, ter a tarifa. Exatamente por esse motivo é que a União e os governos estaduais e municipais devem entrar pesado no setor se quiserem garantir condições mais saudáveis para a área rural e o meio ambiente”, diz Suriani.

Sonho

Tal intervenção é sonho antigo de Zenilda. Em sua casa no Núcleo Rural Taquara, com mais três residências dentro do mesmo lote, ela mostra sua fossa no quintal, praticamente colada à janela de um cômodo. “Seria bom se fosse mais longe um pouco da gente, talvez lá na rua. Mas desde que eu vim para cá é assim, ninguém do governo nunca veio perguntar sobre isso”, afirma.

Há alguns meses, a mulher, que vive com o marido e um filho, de 21 anos, na zona rural de Brazlândia tenta juntar dinheiro para reformar a fossa que recebe os dejetos do banheiro. “Aos poucos as bordas estão caindo”, diz, apontando para o cimento no chão. Um outro cano, por onde é escoada a água das torneiras da casa, esse a céu aberto, também preocupa Zenilda. Em tempos de dengue e com muitas crianças morando nas três residências dentro do lote, o acúmulo de água no quintal pode ser um chamariz para o mosquito Aedes aegypti. Com o solo molhado por conta das chuvas dos últimos dias, o processo de infiltração na terra torna-se ainda mais lento e demorado.

Compromisso

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) foram definidos durante a Cúpula do Milênio, em Nova York, em 2000, quando líderes de 191 nações oficializaram um pacto para tornar o mundo mais solidário e mais justo até 2015. Para mensurar o sucesso desse grande projeto humanitário, foram definidas oito metas, que ficaram conhecidas como ODMs. Elas dizem respeito ao fim da miséria e da fome; educação básica de qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; redução da mortalidade infantil; melhoria da saúde das gestantes; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; combate à Aids, malária e outras doenças; além de formalizar parcerias pelo desenvolvimento.




Fonte: Correio Brazilianse .

Chefe IAP Irineu Ribeiro prestigia Festa do Peixe


A festa que aconteceu no último domingo em São Miguel do Iguaçu contou com participantes de toda a região


Foi um grande sucesso. O público lotou as dependências do Centro de Eventos da Igreja Matriz para prestigiar a 2º Festa do Peixe de Água Doce, promovida pela DRS – Desenvolvimento Regional Sustentável Piscicultura de São Miguel do Iguaçu.


Entre os parceiros responsáveis pelo sucesso deste evento o Banco do Brasil, Itaipu Binacional, Instituto Ambiental do Paraná - IAP, EMATER, SEAB, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ACABCO, Prefeitura Municipal de São Miguel do Iguaçu, Câmara Municipal, APROSMI, ACISMI, Colônia dos Pescadores Z-11, Pescados São Miguel, ARENASMI, Colônia de Pescadores Z-12-PR e SEAP/PR., Lions e Rotary Clube, entre outros.








O chefe regional do IAP, Irineu Ribeiro, ressaltou a grande presença do público e o trabalho dos organizadores.

“Este evento é motivo de orgulho, pois fazer parte dele é uma gratificante experiência. Além disso, o mesmo tem como finalidade incentivar a produção e o consumo de peixe”, contou.


Segundo Irineu Ribeiro, o incentivo que o DRS e as instituições parceiras da Festa do Peixe estão fazendo, é significativo, tanto para a comunidade local e regional, podendo servir como projeto piloto para outras regiões e até mesmo outros países. “Esse é um exemplo de racionalidade e de modelo de desenvolvimento sustentável”, finalizou o chefe regional.






Com uma variedade de pratos como: Peixe a Role – Tilápia; Carpa Assada; Rocanbole (polpa de pacu); Lasanha de Mandioca (polpa de pacu); Torta salgada (polpa de pacu); Bolinhos de Pacu (polpa de pacu); Arroz branco, Risoto de peixe, Purê de Mandioca, saladas e sobremesas, entre outras, esta é uma festa que já faz parte do calendário regional.

Plásticos condutores podem derrubar preços dos painéis solares

Uma nova técnica de fabricação de plásticos condutores de eletricidade, pode ser um caminho promissor para reduzir o custo de fabricação de painéis solares e para viabilizar a fabricação de inúmeros outros gadgets mais cômodos de se usar.

Plásticos condutores

Os plásticos translúcidos, maleáveis e capazes de conduzir eletricidade como se fossem metais representam uma alternativa de baixo custo ao óxido de índio-estanho, o caríssimo material utilizado atualmente nos painéis solares.

"Os polímeros condutores [plásticos] estão por aí há bastante tempo, mas processá-los para fabricar alguma coisa útil degrada sua capacidade de conduzir eletricidade," afirma Yueh-Lin Loo, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. "Nós descobrimos como evitar esse inconveniente. Nós podemos moldar o plástico em formas úteis, mantendo sua alta condutividade."

Perda de condutividade

A área da eletrônica orgânica é promissora tanto para a produção de novos tipos de dispositivos eletrônicos quanto para o desenvolvimento de novas formas de produção das tecnologias existentes.

Mas ela tem sido prejudicada pela "misteriosa" perda de condutividade que ocorre quando esses plásticos à base de carbono - daí o termo "orgânico" - são moldados.

Agora, o grupo internacional de pesquisadores descobriu que dar flexibilidade aos plásticos condutores tem um efeito oposto sobre sua estrutura atômica, aprisionando-a em blocos rígidos que impedem que a corrente elétrica flua.

Transístor de plástico

Assim que desvendaram a origem do problema, Loo e seus colegas desenvolveram uma maneira de relaxar a estrutura do plástico tratando-o com um ácido depois que o material já foi moldado na forma desejada.

Usando esta técnica, eles construíram um transistor de plástico, o componente fundamental da eletrônica, usado para amplificar os sinais eletrônicos e para funcionar como uma chave liga-desliga para a corrente elétrica.

Os eletrodos do transístor foram depositados sobre a superfície de silício por uma técnica de impressão, de forma similar à que uma impressora jato-de-tinta utiliza para depositar a tinta sobre o papel - com a diferença de que a "tinta" usada era o polímero condutor de eletricidade.

Atualmente, a eletricidade gerada pelas células solares plásticas, ou orgânicas, é coletada por um fio metálico transparente, feito com óxido de índio-estanho. O condutor deve ser transparente para que a luz solar possa passar através dele e atingir os materiais que realmente absorvem os fótons.

Circuitos eletrônicos impressos

"Ser capaz de essencialmente pintar circuitos eletrônicos é algo muito significativo. Você poderia distribuir os plásticos condutores em cartuchos, como se vende hoje tinta da impressora, e você não precisa de máquinas exóticas para imprimir os padrões," disse Loo, ressaltando que isso torna a fabricação em série de circuitos eletrônicos tão rápido e barato quanto imprimir um jornal.

Isso permitiria, por exemplo, uma dupla redução no custo das células solares - tanto pela sua fabricação em rolos, em alta velocidade, quanto pela substituição do óxido de índio-estanho por um plástico de custo muito mais baixo.

Esse óxido é um subproduto da mineração de outros metais, e vem tendo sua demanda extremamente elevada nos últimos anos porque ele é essencial para a fabricação de telas planas, seja para televisores, telefones celulares ou outros aparelhos. Isto tem praticamente contrabalançado todos os avanços técnicos na fabricação de células solares, impedindo que seus preços caiam.

"O custo do óxido de índio-estanho está subindo rapidamente," disse Loo. "Para reduzir os custos das células solares orgânicas, temos de encontrar um substituto para ele. Nossos plásticos condutores deixam a luz solar passar, tornando-se uma alternativa viável."

Indicador de infecção

Os pesquisadores afirmam que os plásticos condutores também podem substituir outros metais caros usados em outros dispositivos eletrônicos, como nas tão esperadas telas flexíveis e enroláveis.

Além disso, os cientistas estão começando a explorar a utilização dos plásticos condutores na fabricação de sensores biomédicos capazes de mudar de cor se uma pessoa tiver uma infecção.

Por exemplo, esses plásticos passam de amarelo para verde quando expostos ao óxido nítrico, um composto químico produzido nas infecções de ouvido que ocorrem tão frequentemente em crianças.


Fonte: Inovação Tecnológica

Biocombustível super limpo é produzido com tecnologia de TV a plasma


Biocombustível a plasma

O mesmo processo responsável por iluminar as enormes telas das TVs de plasma poderá ser a base para uma nova geração de reatores capazes de produzir biocombustíveis ultra limpos.

Albin Czernichowski, da Universidade de Orleans, na França, construiu um pequeno reator de baixo custo, que ele chamou de reator GlidArc, que usa o plasma - nuvens de um gás eletricamente carregadas - para produzir combustíveis super limpos.

O biodiesel gerado pelo reator com tecnologia a plasma, por exemplo, libera 10 vezes menos material particulado do que o diesel normal.

Reator caseiro

Embora os dois feitos - ser barato de fabricar e produzir combustível menos poluente - já fossem o suficientes para chamar a atenção para o reator GlidArc, ele tem também o mérito de fazer isto utilizando rejeitos, resíduos e biomassa.

"Quase todas as peças do reator podem ser compradas na loja de ferramentas mais próxima. Nós usamos encanamentos e conexões comuns, por exemplo, e isolamentos térmicos utilizados em residências. Em vez de cerâmicas sofisticadas, nós usamos os mesmos tijolos refratários usados nas churrasqueiras. Você poderia construir um desses em poucos dias, por cerca de 10.000 dólares," diz Czernichowski.

Essa verdadeira fábrica de biocombustível limpo, mais ou menos do tamanho de uma geladeira, gaseifica resíduos orgânicos que seriam descartados - óleos usados, lixo orgânico ou biomassa vegetal - para criar um gás rico em monóxido de carbono e hidrogênio. A seguir, o gás é transformado em biocombustíveis.

Reciclagem do glicerol

Na área rural, por exemplo, um reator de baixo custo como este poderia gerar o combustível para alimentar as máquinas a partir das palhas deixadas na lavoura depois da colheita, afirma o pesquisador.

Nas áreas urbanas, o óleo de cozinha das residências e dos restaurantes parece ser a matéria-prima ideal.

Nas regiões onde o biodiesel já é produzido, o reator GlidArc pode converter em combustíveis limpos o glicerol, que sobra no processo tradicional - o processo de produção de biodiesel gera uma quantidade de glicerol equivalente a 10% do biodiesel produzido.

Reator a plasma

O reator deriva seu nome de Gliding Arc, um arco de corrente que se forma entre dois eletrodos para gerar um plasma no interior do reator.

O plasma permite que as reações químicas ocorram em temperaturas incrivelmente mais baixas do que nos reatores convencionais.

Isto torna os gases oriundos do aquecimento (pirólise ou gaseificação) da biomassa ou do glicerol, por exemplo, muito puros e quimicamente ativos, o que viabiliza sua transformação em combustíveis limpos.

O estudo não continha informações que permitissem um comparativo de custo dos biocombustíveis produzidos.

Governo vai estabelecer preço mínimo para produtos reciclados, anuncia Minc


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá editar um decreto estabelecendo uma política de preços mínimos para os produtos reciclados. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Segundo ele, o mecanismo será baseado em um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e deverá entrar em vigor no segundo semestre de 2010.


O estudo quantifica o benefício da reciclagem em toda a cadeia produtiva, inclusive nos ganhos ao meio ambiente. “O Ipea fez um preço diferenciado para lata, vidro, plástico e papel, calculando qual é o valor econômico para o meio ambiente, por diminuir a poluição, aumentar o tempo de vida dos aterros e emitir menos [poluentes].”, explicou Minc à Agência Brasil.

De acordo com o ministro, serão beneficiados quase 1 milhão de catadores de material reciclável em todo o país, que são duramente afetados sempre que os preços dos produtos despencam no mercado, como aconteceu na última crise internacional.

“No Brasil sempre teve preço mínimo para algodão, para açúcar, para soja, mas nunca teve para produto extrativista e muito menos para reciclado”, destacou Minc, que citou a política semelhante adotada recentemente para espécies extrativas, como castanha e borracha.

Para entrar em vigor, o mecanismo vai depender do Conselho Monetário Nacional, que deverá votar qual o preço mínimo para cada produto reciclado. Quando o valor de mercado ficar abaixo do estipulado, o governo vai pagar a diferença, em uma espécie de subsídio. Este será pago diretamente à cooperativa de catadores ou ao comprador, que será ressarcido, informou Minc.

Bactérias descontaminam água e solo poluídos com solvente

Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba, desenvolveram uma técnica para a biodegradação de um dos maiores contaminantes do solo e das águas subterrâneas.

A técnica, ainda em fase de desenvolvimento, está se mostrando prática, de rápida operação e extremamente eficiente, eliminando virtualmente todo o contaminante.

PCE

Por ser um solvente potente e não inflamável, o tetracloroetileno (PCE) começou a ser largamente utilizado em meados do século 20 em serviços de lavagem a seco, indústrias metalúrgicas, instalações militares e até em residências.

Com o tempo, entretanto, percebeu-se que o PCE havia se tornado um dos contaminantes ambientais mais frequentes, sendo encontrado em solos e em lençóis d'água e constituindo uma ameaça à saúde e ao meio ambiente.

O produto é altamente tóxico, potencialmente carcinogênico e se acumula no tecido de organismos vivos, podendo afetar o aparelho reprodutor humano. O PCE é enquadrado na família dos produtos orgânicos persistentes, devido à sua resistência à degradação.

Descontaminação rápida

Iniciado em 2006, o trabalho de pesquisa coordenado pelo professor Marcio Rodrigues Lambais, conseguiu alto índice de degradação do PCE (98%) em um tempo considerado bastante curto - cerca de 12 horas.

"Os resultados publicados na literatura especializada reportam taxas de degradação em torno de 80% de degradação do PCE após um período entre 15 e 20 dias", comparou Lambais.

Um dos segredos da rapidez da descontaminação obtida pela equipe da USP está no processo utilizado, que emprega bactérias que se desenvolvem com a presença de ar. Apesar de pouco utilizado no Brasil, o método de descontaminação por bactérias aeróbias apresenta outra vantagem: a praticidade.

"Geralmente, os organismos anaeróbios [que vivem na ausência de oxigênio] são sensíveis ao ar, o que dificulta o seu manuseio e a aplicação em campo", explicou o professor.

Bactérias de casa

Para desenvolver a pesquisa, o grupo localizou uma área contaminada na capital paulista, de onde retirou amostras de água para serem testadas em laboratório.

Com a água, o grupo levou também amostras de sedimento, das quais isolou as bactérias locais. Esses organismos passaram por triagem para selecionar aqueles com potencial de degradação do PCE. Os pesquisadores utilizaram espécies de Microbacterium, Stenotrophomonas, Exiguobacterium, Bacillus, Acinetobacter, Pseudomonas e Cupriavidus, dentre outras bactérias.

A utilização de microrganismos locais é importante, de acordo com Lambais, uma vez que eles já estariam adaptados ao ambiente contaminado. "Introduzir novas bactérias em um ambiente contaminado e mantê-las ativas não é uma tarefa trivial, pois as bactérias introduzidas normalmente apresentam baixa capacidade de colonização do novo ambiente e, na maioria das vezes, acabam morrendo", afirmou.

Os consórcios bacterianos selecionados se mostraram extremamente eficientes na degradação do produto e ainda geraram subprodutos menos nocivos durante o processo, em relação ao processo anaeróbio descrito na literatura.

"Os processos convencionais de degradação do PCE geraram cloreto de vinila, que é altamente tóxico e se dispersa facilmente na água subterrânea. Em nosso processo, em vez de cloreto de vinila foi produzido clorofórmio, que, apesar de tóxico, é facilmente biodegradado", explicou Lambais.

Reator horizontal de leito fixo

Para contornar o problema da baixa densidade populacional de bactérias capazes de degradar o PCE, a solução foi enriquecer as comunidades microbianas locais em laboratório utilizando um reator horizontal de leito fixo (RHLF).

A técnica de remediação utilizada pela equipe da Esalq pode ser aplicada em campo de duas maneiras: injetando a biomassa cultivada em laboratório diretamente na água ou bombeando a água contaminada para dentro do RHLF. As bactérias presentes no interior do reator eliminam o PCE da água, que pode ser devolvida limpa ao ambiente.

A utilização de um reator, segundo os pesquisadores, proporciona um controle maior da remediação e de sua efetividade. O sistema permite até ajustar as características químicas da água a fim de propiciar condições mais favoráveis para a atuação das bactérias.

Nesse sistema, as bactérias não têm contato com o ambiente externo. "Os organismos não saem do reator", afirmou Lambais. A equipe não fez um levantamento de custos comparativo entre os dois métodos, mas a rapidez e o alto grau de limpeza alcançados coloca a técnica como uma eficiente alternativa para processos de remediação de água subterrânea contaminada.

Rejeito de carvão

Outras alternativas de remediação, como a extração de vapores e adsorção em carvão ativado, chegam a apresentar bons índices de retirada de contaminantes, mas o resultado é um subproduto indesejável, o qual precisa ser destinado a aterros sanitários.

"Nos processos físico-químicos de remediação, com a extração de vapores e adsorção em filtros, o PCE é retirado da água contaminada e transferido para o carvão ativado que fica contaminado, devendo ser disposto em aterros adequados", disse Lambais. Por sua vez, a técnica de biorremediação degrada o contaminante, não deixando subprodutos tóxicos.

Busca do responsável

A equipe pretende agora detalhar bioquimicamente o processo de degradação aeróbia do PCE e identificar cada subproduto oriundo desse processo, o que está a cargo do pesquisador Rafael Dutra de Armas.

Armas pretende identificar quais bactérias participaram do processo de degradação do PCE. "Pode ter sido um consórcio microbiano ou um só organismo o responsável pela degradação", disse Lambais.

Essa identificação deverá facilitar futuros trabalhos de remediação e economizar tempo, uma vez que serão investidos esforços no enriquecimento somente das bactérias envolvidas na degradação.

Fonte: Fapesp

Licenças ambientais entregues pelo IAP garantem desenvolvimento de municípios


Por Lilian Céspedes
O Instituto Ambiental do Paraná realizou no mês de janeiro, a entrega de licenças ambientais de vários níveis para representantes e empresários de 9 municípios lindeiros.
De acordo com o chefe regional do órgão Irineu Ribeiro, a atitude foi de extrema importância, tanto para o IAP quanto para os novos e já existentes empreendedores que estiveram presentes para receber os licenciamentos. “Foram várias as licenças entregues, entre elas, grande quantidade eram licenças de operações – LO. Com estas LO’s os empresários podem investir em seus empreendimentos, edificando-os, apostando em cada município e no crescimento de tais”, comentou Ribeiro.
Entre as licenças entregues estava a Licença de Instalação da reforma e duplicação da BR 469 (conhecida também como Avenida das Cataratas). Segundo o chefe do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes, engenheiro Vicente Veríssimo, ainda não há previsão para obra. “Nós estamos aguardando a resposta de Brasília, para contratar a empresa, que ficará responsável pelas obras. Se tudo acontecer como planejado, em junho teremos a resposta, para contratar a empresa”, contou o engenheiro.
Veríssimo também explica que esta foi à segunda licença solicitada no IAP. “Nós já tínhamos uma licença para edificar a mesma obra, entretanto, ela venceu, isso nos levou a iniciar um novo processo ambiental, para conquistar novamente a licença de instalação, que recebemos na última entrega de licenças do instituto, na sexta-feira. Neste novo processo esperamos realizar a obra em curto prazo”, finaliza Vicente, frisando que as obras só terão início após a aprovação de Brasília para contratar a empresa que realizará as obras.
O secretário da agricultura e meio ambiente de Matelândia, Roberto Câmara, que também foi receber a Licença de Operação do novo Centro de Lazer e Conhecimento do município, conta como é gratificante ter em mãos o processo que promete melhorar a área de lazer da cidade.
“A ação do IAP foi de extrema importância nesta conquista que o município está vivendo. Procuramos edificar este centro de lazer o mais rápido possível, oferecer as famílias de Matelândia e região algo bom e gratuito; um lugar agradável para passar com os amigos, parentes, e levar também os filhos para passear e desfrutar do centro de conhecimento”, afirma o secretário.
PARTICIPAÇÃO
Além de atender nove municípios lindeiros, o chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná - ERFOZ também foi convidado pelo prefeito de Capanema Milton Kafer e pelo chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Luiz Pegoraro para ajudar a solucionar problemas vividos pela cidade, no setor de áreas de lazer e turismo rural.
O problema enfrentado por Capanema, são as várias ações e reuniões já realizadas para obtenção do licenciamento ambiental das áreas de lazer e turismo rural, que até o momento se encontra indeferida pelo escritório regional do IAP local, motivando a necessidade deste encontro com as autoridades diretamente ligaras ao assunto.
De acordo com o chefe regional do IAP - ERFOZ, Irineu Ribeiro este problema deverá ser solucionado, pois os projetos estão de acordo com as necessidades ambientais do município.
“O IAP está disposto a contribuir com este sonho dos moradores da região; mesmo que a cidade não faça parte do regional de Foz do Iguaçu, nós estaremos presentes nesta luta, tentando facilitar o procedimento administrativo do projeto”, afirmou Ribeiro, colocando-se a disposição dos moradores de Capanema e da região.

Espuma de sapo transforma energia solar em biocombustíveis e alimentos


Cientistas da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, inspiraram-se em um pequeno sapo existente nas Américas Central e Sul, para criar uma espuma que capta energia, pode produzir biocombustíveis ou alimentos, e ainda remove o excesso de dióxido de carbono do ar.

Fotossíntese artificial

A pesquisa é mais uma em uma lista cada vez maior do campo chamado fotossíntese artificial, na qual os cientistas estão tentando imitar a forma como as plantas captam a luz solar para produzir sua própria energia.

Na fotossíntese natural, as plantas absorvem a energia do Sol e o dióxido de carbono da atmosfera, e os convertem em oxigênio e em açúcares. O oxigênio é liberado para o ar e os açúcares são usados como fonte de energia que mantém a planta viva.

Os cientistas, por sua vez, estão encontrando formas de aproveitar a energia do sol e o carbono do ar para criar novas formas de biocombustíveis, que poderão alimentar nossos automóveis.

Espuma de sapo

O trabalho resultou na fabricação de um material fotossintético artificial que utiliza enzimas de plantas, bactérias e fungos, tudo acomodado no interior de um invólucro de espuma. Exposta à luz do Sol e ao carbono da atmosfera, a espuma gera açúcares.

A espuma é uma escolha natural: além de concentrar os reagentes, o material poroso permite uma boa penetração do ar e da luz solar.

O projeto da espuma baseou-se nos ninhos de uma pequena rãzinha tropical (Physalaemus pustulosus), que cria espumas para seus girinos que apresentam uma durabilidade incrivelmente longa. Uma proteína produzida pela rã, a Ranaspumina-2, foi utilizada como base da espuma artificial.

Melhor do que plantas e algas

"A vantagem do nosso sistema, em comparação com as plantas e as algas, é que toda a energia solar captada é convertida em açúcares livres, enquanto esses organismos precisam desviar uma grande quantidade de energia para outras funções, para manter sua vida e se reproduzir," diz o Dr. David Wendell, que coordenou a pesquisa, referindo-se à energia líquida disponível que pode ser aproveitada a partir das plantas já crescidas para sua posterior transformação em biocombustíveis.

"Nossa espuma também não precisa do solo, não afetando a produção de alimentos, e pode ser utilizada em ambientes com alta concentração de dióxido de carbono, como nas chaminés das centrais elétricas a carvão," diz ele, ressaltando que dióxido de carbono em excesso paralisa a fotossíntese natural.

Biocombustível ou alimento

O produto da "espuma fotossintética", os açúcares, pode ser utilizado como insumo para uma grande variedade de produtos, incluindo o etanol e outros biocombustíveis. Mas nada impede que o material seja utilizado também para produzir alimentos.

"Esta nova tecnologia cria uma forma econômica de utilizar a fisiologia dos sistemas vivos, criando uma nova geração de materiais funcionais que incorporam intrinsecamente processos de vida em sua estrutura", diz Dean Montemagno, coautor da pesquisa, acrescentando que o novo processo iguala ou supera outras técnicas de produção biossolar.

Larga escala

O próximo passo da equipe será tornar a tecnologia adequada para aplicações em grande escala, como a captura de carbono nas usinas a carvão.

"Isto envolve o desenvolvimento de uma estratégia para extrair a cobertura de lipídios das algas (usada para o biodiesel) e os conteúdos citoplasmáticos, e reutilizar essas proteínas na espuma", afirma Wendell. "Estamos também estudando outras moléculas de carbono mais curtas que podemos produzir alterando o coquetel de enzimas na espuma."


Fonte: Inovação Tecnológica