Marina Silva: é urgente implantar a política nacional de mudanças climáticas


Preocupada com o aumento do número de desastres climáticos causadores de perdas humanas e econômicas, a senadora Marina Silva (PV-AC) disse que é urgente a implementação da lei que institui a política nacional de mudanças climáticas (Lei 12.187/2009), especialmente no que diz respeito às ações de adaptação aos efeitos nocivos do aquecimento global.

Em seu discurso na sexta-feira (19/02) no Plenário, Marina citou uma série de estudos nacionais e estrangeiros que comprovam o aumento no número de doenças e de outros problemas na produção de alimentos em função das alterações de clima da Terra.

A senadora explicou que essa "crise ambiental global", como denominam os cientistas, tem consequências para diferentes setores da vida na sociedade.

- O custo de não encararmos com a devida urgência e prioridade essa questão aumentará enormemente o sofrimento das pessoas e os custos para a sociedade - afirmou Marina Silva, observando que, no Brasil, os efeitos negativos são mais claros na questão da saúde pública.

A senadora explicou que isso acontece porque com a mudança climática, que provoca invernos mais quentes, há maior proliferação de insetos transmissores de doenças como a dengue e a malária. Ela lembrou que as enchentes também aumentam o número de enfermidades transmitidas por meio da água contaminada, como a diarreia e a leptospirose. As doenças, por sua vez, continuou Marina Silva, acabam gerando mais despesas com ações de defesa civil, com o sistema de saúde e de assistência social.

Já em relação aos alimentos, a senadora contou que o aquecimento da Terra provoca queda na produção agrícola e falta de trabalho, particularmente nas regiões mais carentes, como o semiárido nordestino. Por isso, ela defendeu que os governantes adotem medidas de adaptação para essas mudanças, como a construção de cisternas de armazenamento de água e o desenvolvimento de culturas mais resistentes à seca para enfrentar as alterações do clima.

Marina Silva atentou ainda para outras dificuldades que podem advir com as mudanças climáticas, que têm provocado no Brasil fortes estiagens, bem como enchentes. No caso das primeiras, observou, o suprimento de geração de energia elétrica pode ser prejudicado. Já as enchentes, disse ela, agravam ainda mais os problemas ambientais que o país já tem, como a devastação e o assoreamento dos rios, o desmatamento e os deslizamentos de áreas ocupadas irregularmente.

Ao comunicar que irá apresentar na semana que vem requerimento para a realização de uma série de audiências públicas no Senado, destinadas a discutir o problema com a sociedade, a senadora criticou a inação do governo federal diante da questão.

- Mesmo diante de tão preocupantes fatos e desastres naturais, ainda não vemos nenhuma autoridade do governo federal se dispondo a iniciar esse processo de formulação de uma estratégia nacional de adaptação - lamentou a senadora.

Carvão ecológico é alternativa no semiárido




Tejuçuoca O carvão vegetal tradicional produzido, em alguns casos, de forma clandestina e utilizando mão-de-obra escrava ou infantil, está ganhando um concorrente de peso. É que, na Fazenda Caiçara, localizada neste município, está surgindo a primeira unidade de fabricação de carvão ecológico do Norte e Nordeste. Ou seja, a confecção de tabletes prensados onde os resíduos de carvão de churrascaria, caieiras, casca de coco e outros tipos de fibras são triturados. O material recebe um aglutinante à base de fécula de mandioca, depois é prensado e colocado para secar, tornando-se tabletes, que foram denominados de briquetes de carvão.




Mão-de-obra local é aproveitada na fabricação dos briquetes ecológicos,
a partir de resíduos do carvão vegetal



O briquete de carvão vegetal, considerado correto e 100% natural, já consolidado no mercado europeu e norte americano, começa a disputar espaço nas prateleiras de algumas redes de supermercados e postos de gasolina do Ceará. Além da questão ambiental, o briquete promete rendimento maior e tem um outro aliado: o preço competitivo.

De acordo com o proprietário da fábrica, Francisco Lopes da Silva, o carvão vegetal é feito de argila, cinzas e um sub-produto da mandioca. Não faz fumaça e queima mais rápido e, o mais importante, preserva a natureza e dá vida ao meio ambiente.

Selo de qualidade

O secretário de Cultura e Empreendedorismo de Tejuçuoca, Joaquim Coelho Neto, disse que a ideia é sensacional e que o município já luta pelo selo de qualidade ambiental. "A questão ambiental, efeito estufa, futuro do planeta são temas que preocupam ambientalistas e governantes, no qual o desmatamento desordenado entra como um dos fatores mais preocupantes, tendo na indústria do carvão vegetal um vilão, tanto na degradação do meio ambiente como também nas condições de trabalho a que são submetidos aqueles que necessitam sobreviver dessa atividade", exemplifica o secretário.

A ideia na região tornou-se pioneira e muitos agricultores estão passando por capacitação afim de fazer parte do grupo de ambientalistas que lutam para salvar a flora de Tejuçuoca. Um projeto criado pelo prefeito da cidade, Edilardo Eufrásio, e com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, denominado de "Coração Verde", ajuda na conscientização dos trabalhadores do campo para não desmatar para produzir carvão.

Premiação

O presidente da Câmara Municipal, Valmar Bernardo, disse que irá apresentar Projeto de Lei no sentido de premiar aquelas pessoas que ajudem na preservação do meio ambiente. "Caminhamos juntos no sentido de mudar a consciência da população para não agredir a natureza", frisou o parlamentar.

Na visão do prefeito Edilardo, o carvão ecológico será, sem dúvida, a grande saída para evitar os crimes ambientais. "Em Tejuçuoca já existe essa consciência de que a produção de carvão é um problema ambiental. Diferente do que pensam os ambientalistas, devemos reconhecer que existe o fator sobrevivência, onde várias famílias dependem dessa atividade. Ninguém faz carvão porque ama a profissão. Para quem conhece, é um trabalho insalubre e de difícil execução", diz o prefeito.

Para o gestor municipal, a solução é acabar, definitivamente, com a produção de carvão vegetal. Para isso, é preciso dar alternativa de trabalho para as famílias sertanejas, bem como apoiar as iniciativas privadas para instalação de novas fábricas na região semiárida.

SEM POLUIÇÃO
Produto garante economia de matéria-prima

Tejuçuoca Pelo método tradicional, são necessários dois metros cúbicos de madeira para produzir um metro cúbico de carvão. Com a nova tecnologia do carvão ecológico, não é preciso utilizar a madeira e usa-se menos mão-de-obra, além de não ser poluente. Quatro quilos de briquete equivalem a dez quilos de carvão comum. O preço também é atrativo: entre R$ 7 e R$ 8 o pacote de quatro quilos.

O carvão ecológico é um produto fabricado com resíduos de carvão e aglutinante natural. Excelente para uso em churrasqueiras, fornos de pizzaria e de panificação. Substitui com eficiência a lenha e o carvão vegetal. Possui as seguintes vantagens: alto poder calorífico (maior que a lenha e do carvão vegetal); alta temperatura de combustão; não produz labareda (não queima a carne); queima por mais tempo mantendo uniforme a temperatura do forno ou da churrasqueira em regularidade térmica; queima sem emitir fumaça nem odores desagradáveis; produto higiênico, não suja as mãos nem o ambiente de trabalho; fácil manuseio com menor espaço de estocagem; vem com acendedor; 100% ecológico, não emitindo gases tóxicos como nos fornos de barros tradicionais.

O acendimento é muito simples, bastando fazer uma pequena pilha em forma de pirâmide, posicionando-se o acendedor no meio dos briquetes. Com um fósforo, fazer o acendimento e deixar a pilha sem mexer até que todos os briquetes estejam em brasa, o que deve acontecer em no máximo 15 minutos.

Ao contrário do carvão, não há necessidade de mexer ou abanar durante esse tempo. Basta esperar a formação das brasas e espalhar os briquetes acesos em uma camada uniforme e começar a assar o churrasco.

Quando usado em fornos de pizzaria ou de panificação, não há necessidade de retirar os briquetes de dentro da embalagem, sendo necessário somente posicionar o acendedor no meio dos briquetes e colocar fogo.

A partir daí, na medida da necessidade, é só alimentar o fogo com as embalagens sem precisar abrir.

MAIS INFORMAÇÕES

Associação dos Moradores de Caiçara - (85) 9606.5241

Secretaria de Cultura e Empreendedorismo de Tejuçuoca - (88) 3323.1156

O Brasil é também o país emergente que mais toneladas de geladeiras abandona a cada ano, por pessoa


GENEBRA - O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que nesta segunda-feira, 22, lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria.

O Brasil é também o país emergente que mais toneladas de geladeiras abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar celulares, TVs e impressoras.

O estudo foi realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), diante da constatação de que o crescimento dos países emergentes de fato gerou maior consumo doméstico, com uma classe média cada vez mais forte e estabilidade econômica para garantir empréstimos para a compra de eletroeletrônicos. Mas, junto com isso, veio a geração sem precedente de lixo.

A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Só a Europa seria responsável por um quarto desse lixo. Mas o que a ONU alerta agora é para a explosão do fenômeno nos emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso. Para Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, Brasil, México, Índia e China serão os países mais afetados pelo lixo, enfrentando "crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública".

Em meio a críticas ao Brasil, por não contar com dados sobre o assunto, a ONU optou por fazer sua própria estimativa. O resultado foi preocupante. Por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas métricas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.

Outra preocupação da ONU é com a quantidade de geladeiras que terminam no lixo no Brasil. O país é o líder entre os emergentes, ao lado da China. É 0,4 quilo por pessoa ao ano. Em números absolutos, seriam 115 mil toneladas no Brasil, contra 495 mil na China. No setor de impressoras, são outras 17,2 mil toneladas de lixo por ano no Brasil, perdendo apenas para a China.

O Brasil também é o segundo maior gerador de lixo proveniente de celulares, com 2,2 mil toneladas por ano e abaixo apenas da China. Entre as economias emergentes, o Brasil é ainda o terceiro maior responsável por lixo de aparelhos de TV. É 0,7 quilo por pessoa ao ano, mesma taxa da China. Nesse setor, os mexicanos são os líderes.

A avaliação da ONU é de que o Brasil estaria no grupo de países mais preparados para enfrentar o desafio do lixo eletrônico, principalmente diante do volume relativamente baixo de comércio ilegal do lixo em comparação a outros mercados.

Mas o alerta é de que a situação hoje não é satisfatória. Informações sobre lixo eletrônico são escassas e não há uma avaliação completa do governo federal sobre o problema. A ONU ainda indica que falta uma estratégia nacional para lidar com o fenômeno, e que a reciclagem existente hoje não é feita de forma sustentável.

As Nações Unidas ainda indicam que o problema não parece ser uma prioridade para a indústria nacional e que a ideia de um novo imposto não é bem-vinda, diante da carga tributária no País.

Diante da constatação, a ONU pediu que países comecem a adotar estratégias para lidar com esse crescimento do lixo. O alerta é sobretudo para o impacto ambiental e de saúde que as montanhas de resíduos tóxicos poderiam gerar. Hoje, parte importante desse lixo se acumula sem qualquer controle. A China é o segundo maior produtor de lixo eletrônico do mundo (2,3 milhões de toneladas ao ano) atrás apenas dos Estados Unidos.

Os especialistas estimam que, até 2020, o volume de resíduos procedentes de computadores abandonados crescerá 500% na Índia, e 400% na China e África do Sul, em comparações aos níveis de 2007.

Em uma década, a quantidade ainda de telefones celulares abandonados na Índia e na China seria 18 e 7 vezes maior que a atual, respectivamente. Já o número de televisões e geladeiras no lixo seria duas vezes maior.

Entre as soluções, a ONU pede novas tecnologias de reciclagem, além da criação os países emergentes de "centros de gestão de lixo eletrônico". Um dos problemas a ser superado ainda seria a resistência de empresários que, na realidade, estão lucrando com o comércio desse lixo eletrônico.

Outro problema é a falta de investimentos em infraestrutura. A ONU ainda propõe como medida a exportação de parte desse lixo de países emergentes aos ricos. Isso deveria ser utilizado principalmente para peças perigosas, como circuitos integrados e pilhas, que seria então processado de forma adequada.

Fonte: RebiaSul

Novo material captura CO2 na chaminé da fábrica


Cientistas anunciaram o desenvolvimento de um cristal sintético tridimensional capaz de capturar emissões de dióxido de carbono diretamente das chaminés e dos escapamentos dos automóveis.

De acordo com o artigo, publicado na revista Science, a descoberta poderá abrir o caminho para o desenvolvimento de tecnologias que, aplicadas a carros ou fábricas, por exemplo, seriam capazes de absorver o dióxido de carbono emitido antes que ele chegasse à atmosfera.

Estudante brasileiro

Além do interesse científico e industrial, a descoberta tem um outro elemento interessante em seu histórico. Ricardo Barroso Ferreira, estudante de graduação do Instituto de Química da Unicamp, faz parte da equipe que desenvolveu o novo cristal.

O feito raro, de um estudante de graduação ser coautor de um artigo científico, aconteceu quando Ricardo foi enviado à Universidade da Califórnia como bolsista de iniciação científica de um programa de intercâmbio que envolve a FAPESP e a Divisão de Química da National Science Foundation (NSF), nos Estados Unidos.

De acordo com Ricardo, embora a experiência de intercâmbio tenha sido enriquecedora e produtiva, a publicação em uma revista internacional de alto impacto foi uma conquista inesperada. "Fiquei muito surpreso. Ninguém acha que vai ser coautor de um artigo na Science antes de terminar a graduação", disse ele.

Cristais esponja

Nos Estados Unidos, Ricardo participou da equipe de pesquisa coordenada por Omar Yaghi, que criou, no início da década de 1990, uma nova classe de materiais, conhecidos como "estruturas metal-orgânicas", ou MOF (Metal Organic Frameworks).

Eventualmente descritos como "cristais esponja", esses materiais têm poros em nanoescala, nos quais é possível armazenar gases que normalmente são difíceis de confinar e transportar.

Baseado na estrutura do DNA, os cristais concebidos por Yaghi combinam unidades orgânicas e inorgânicas - veja Cristais menos densos já fabricados terão aplicação em energia limpa.

Captura de dióxido de carbono

O princípio dos cristais esponja é potencialmente aplicável para a criação de um material que possa converter dióxido de carbono em combustível ou quebrar a molécula com grande eficiência.

E os pesquisadores agora demonstraram que os MOFs podem incorporar um grande número de funcionalidades no mesmo material. Eles demonstraram em laboratório até oito grupos funcionais diferentes em um mesmo material. Segundo eles, isto significa que as propriedades do material final poderão ser mais do que simplesmente a soma linear das propriedades dos seus componentes puros.

Segundo o estudo, um dos modelos da série de materiais sintetizados teve desempenho de captura de dióxido de carbono 400 vezes maior do que um material sem a mesma estrutura.

"Meu objetivo no intercâmbio foi tentar aprender sobre esse novo ramo da química, com o qual ninguém trabalha ainda no Brasil. Essa nova classe de materiais, criada pelo meu orientador na UCLA, consiste em sólidos porosos constituídos de ligações de coordenação, que apresentam alta estabilidade e capacidades absortivas de catálise muito especiais", explicou.

Peneiras moleculares

O foco da linha de pesquisa consistia em fazer modificações na estrutura desses materiais para investigar o que aconteceria com as aplicações. "No estudo que gerou o artigo, sintetizamos vários materiais diferentes. Eu me encarreguei da síntese e da análise de alguns deles. Esses materiais são muito promissores, com inúmeras possibilidades de aplicações", disse.

No Brasil, Ricardo trabalhava com peneiras moleculares baseadas em silício. "São materiais igualmente porosos, mas não são sólidos formados a partir de ligações de coordenação - isto é interações entre átomos desprovidas de ligações covalentes", disse.

Bolinha de golf, comida de peixe


Tirando o fato de que a prática de golf requer áreas enormes – que muita gente denomina de latifúndios do golf – o esporte, agora, pode ser um pouco mais sustentável. Pelo menos quando o assunto é a bolinha.

É da empresa espanhola AlbusGolf a Ecobioball, que, além de atóxica e biodegradável – se dissolve na água em menos de 48 horas –, contém comida de peixe em seu interior. A invenção foi criada para resolver o problema de o esporte ser proibido em áreas próximas à água, em função de as bolinhas de plástico contaminarem rios e mares e poderem matar animais aquáticos – afinal, atualmente, entre 40% e 60% dos resíduos retirados das praias são feitos de plástico.

Com a Ecobioball, a prática do golf perto de rios e lagos, ou em cruzeiros, iates, hotéis e resorts à beira da praia está liberada.

Bicicletas elétricas se popularizam no mundo




Elas são silenciosas, práticas, econômicas, não emitem nenhum gás poluente na atmosfera e garantem o transporte rápido e cômodo para qualquer lugar. Esses motivos têm ajudado a popularizar as bicicletas elétricas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

A preocupação com o aquecimento global, o alto preço dos combustíveis e os benefícios de tempo e saúde proporcionados pelas bicicletas estão ajudando a impulsionar as vendas desses modelos.

"Houve uma transformação em relação ao uso da bicicleta. Ela não é mais apenas um acessório de lazer e passou a ser considerada um meio de transporte, um conceito que já existe há muito tempo nos países nórdicos", afirmou o diretor comercial da Peugeot, Michael Expert.

Esses modelos funcionam como bikes comuns, com a diferença de possuírem um motor elétrico que ajuda o ciclista em situações adversas, como subir ladeiras, e a manterem um ritmo eficiente sem fazer muito esforço. Idosos e pessoas com dificuldades de locomoção também apostam na escolha para se transportar de forma fácil, sustentável e rápida.

Geralmente uma carga de seis a oito horas é o suficiente para rodar até 70 km sem suar. Esses veículos não costumam passar dos 35 km/h e são considerados ideias para deslocamentos curtos, como uma ida ao mercado, à escola ou ao trabalho.

A princípio a velocidade pode parecer baixa, mas é o suficiente para tornar a bicicleta o veículo mais rápido em horários de pico. O ultimo desafio Intermodal, realizado em diversas capitais brasileiras em outubro de 2009, mostrou que a bike é mais rápida até que o helicóptero nos horários mais críticos do trânsito.


A Peugeot pode começar, em breve, a comercialização de sua elétrica no Brasil

Tendência mundial

E se a onda das bicicletas elétricas está chegando agora ao Brasil, em outras partes do mundo, como na China e na Europa, a ideia já existe há anos. Países como a França já possuem cerca de 25 mil bicicletas elétricas e na Holanda, a frota já chega a 200 mil.

Para justificar números tão altos, fatores como tradição do uso de bicicletas como meio de transporte e maior oferta de marcas contribuem. Políticas públicas de incentivo ao uso desses veículos também têm ajudado a impulsionar as vendas e popularizar as bikes elétricas.

Em Paris, por exemplo, já existem quase 400 quilômetros de ciclovias e a prefeitura prevê construir mais 200 até 2013. A prefeitura ainda criou um bônus que reembolsa 25% do valor do modelo (o teto do incentivo é de € 400) e já estão sendo feito estudos para ampliar o benefício para todo o país.

Bicicletas elétricas no Brasil

Por aqui é difícil encontrar incentivos como esses. A carência de ciclovias e os preços altos (uma bike como essas chega a custar quase R$ 3 mil aqui no Brasil) tornam a popularização das bicicletas elétricas ainda mais difícil.


A Ecobike também está disponível aos compradores brasileiros

Ainda assim, iniciativas surgem a todo o momento e possibilitam aos interessados algumas alternativas para adotar as elétricas como veículos oficiais. Empresas como a Big Bikes, Ecobikes e Porto Seguro já disponibilizam bicicletas elétricas para compra em diversas partes do país.

Os preços variam entre R$ 1.999,00 e R$ 2.990,00 e alguns modelos possuem itens como banco de carona, bagageiros e baús, travas anti-furto e até seguro contra roubo. Os apaixonados por bikes ainda podem aguardar o modelo da Peugeot, que pode chegar em breve ao Brasil.

A montadora, que já comercializa a Grand-Bi desde 2009, confirmou os planos de vender a bicicleta aqui no país, mas não informou quando isso irá acontecer. Por enquanto, a elétrica é vendida a € 2.290 em toda a rede de concessionárias Peugeot na Europa.

Qual a contribuição das árvores e algas para produção de O2?


Estudos apontam que as algas podem ser importantes produtoras de oxigênio, contribuindo para purificação do ar assim como as árvores



Diariamente uma grande quantidade de CO2 é lançada na atmosfera, por isso para amenizar a poluição causada pelas atividades humanas, as plantas têm desenvolvido um importante papel na captura de gás carbônico e produção de oxigênio, por meio da fotossíntese. A atividade de absorção de CO2, energia luminosa, água e liberação de oxigênio, tanto das árvores quanto das algas, pode ser considerada um dos processos biológicos mais importantes do planeta.

As áreas florestais, assim como algumas espécies de algas, são de extrema relevância para purificação do ar, mas parte do O2 que é produzido pelas árvores é também consumido pelas próprias, por meio da respiração. Porém, algumas espécies de algas fabricam muito mais oxigênio do que precisam e desta forma as algas são, juntamente com as árvores, importantes contribuintes para amenizar a quantidade de CO2 emitido por ações poluidoras. Além disso, as algas podem ter grande importância para produção de O2 porque ocupam uma área maior que a das árvores. "Afinal, 70% do planeta é coberto de água e todos os oceanos são habitados por algas microscópicas produtoras de oxigênio", diz a bióloga, Estela Maria Plastino, da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com o professor da Universidade Estadual de Londrina, Dr. Francisco Striquer Soares, é muito difícil afirmar que as algas são maiores produtoras de O2, a produção depende da espécie da alga, mas alguns fatores podem ser levados em consideração. Um dos pontos que podem contribuir com a maior produção de O2 pelas algas é que elas estão presentes em rios, oceanos e represas, alcançando assim maior extensão territorial.

Outro ponto mencionado pelo professor que favorece as algas, é que, para produção de O2, as algas precisam de energia luminosa, fundamental para a fotossíntese. “Em florestas, como as que situam na região da Amazônia, onde se concentram uma quantidade expressiva de árvores de grande porte, com alto potencial para produção de O2, a energia solar, necessária para produção de O2, pode chegar numa camada de penetração de até 30 metros”, explica.

Por outro lado, a energia solar em rios e oceanos, além de alcançar grande extensão territorial pode chegar até 100 metros ou mais , alcançando assim uma profundidade maior do que nas florestas, o que destaca as algas em sua produção de oxigênio.

Os fatores apontados pelo professor fazem parte de estudos recentes, porém o que se já sabe é que a ameaça de extinção de algumas espécies de algas já é afirmada por alguns estudiosos. “Elas podem estar em ameaça de extinção se considerar que o aquecimento global afeta a temperatura das águas. Cada alga, de acordo com sua espécie precisa de uma determinada temperatura para as etapas do ciclo de vida, incluindo a reprodução, quando há mudanças significativas no tempo, compromete a proliferação dessas algas, consequentemente a produção de O2”, destaca.

Porém, grande importância existe em preservar as florestas, principalmente a da Amazônia. “Mais estudos devem ser direcionados aos microorganismos, porém o ser humano é um animal terrestre, devemos nos preocupar em cuidar ainda mais do ambiente onde estamos inseridos”, conclui Soares.


Fábricas de ar:
Só as algas marinhas produzem mais da metade do gás vital

Origem - Bosques e florestas % Produzida - 24,9%
Origem - Estepes, campos e pastos % Produzida - 9,1%
Origem - Áreas cultivadas % Produzida - 8,0%
Origem - Regiões desérticas % Produzida - 3,0%
Origem - Árvores (total) % Produzida - 45%
Origem - Algas marinhas % Produzida - 54,7%
Origem - Algas de água doce % Produzida - 0,3%
Origem - Algas (total) % Produzida - 55%

Fonte: Portal Meio Ambiente

Polímero regenerável prolonga a vida do óleo do motor


Pesquisadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, desenvolveram polímeros capazes de se autoconsertar que prometem estender a vida útil dos óleos automotivos, evitando danos ao motor e aumentando o tempo de troca.

Os polímeros poderão ser adicionados aos lubrificantes em geral, especialmente ao óleo do motor, mantendo as propriedades físicas do óleo por mais tempo, ajudando a aumentar a eficiência do motor e economizar combustível

Aditivos para o óleo

Os polímeros são adicionados aos óleos automotivos para controlar propriedades físicas essenciais ao seu desempenho, como a viscosidade.

Mas o estresse termal e mecânico pode quebrar as longas cadeias poliméricas, diminuindo sua eficiência e deixando o óleo sem suas propriedades especificadas.

A inspiração para o desenvolvimento dos novos polímeros veio dos materiais biológicos, como a pele, que é capaz de se curar sozinha depois de sofrer algum corte ou ferimento.

A equipe do professor David Haddleton fez o mesmo projetando um polímero em formato de estrela-do-mar que é capaz de se regenerar no caso de algum dano, restaurando sua função de aumentar a viscosidade do óleo.

Química da regeneração

O polímero de metacrilato de metila tem longos braços, que podem ser cortados fora pelo estresse mecânico ou termal.

Os pesquisadores então acrescentaram adutos de Diels Alder na espinha dorsal do polímero, o que permite que as moléculas se regenerem por meio de uma reação de cicloadição Diels Alder - os adutos funcionam como uma espécie de terminação no braços do polímero.

"Outros tipos de química, como a química dos radicais livres, frequentemente sofrem reações colaterais indesejadas, ao passo que os grupos de Diels Alder costumam fazer apenas a reação de Diels Alder", explica Haddleton.

Esta seletividade torna a reação Diels Alder particularmente adequada para a reação de reforma que permite que os polímeros se autoconsertem, onde é importante ter grandes conversões sob condições brandas, para minimizar a perda no desempenho do polímero.

Os pesquisadores agora pretendem "otimizar a química antes de passá-la aos nossos colaboradores industriais para o desenvolvimento de novos lubrificantes automotivos," diz Haddleton.

Fonte: Inovação Tecnolóica

Marina Silva anuncia presidente da Natura como vice em chapa presidencial do PV

A senadora Marina Silva (PV-AC) anunciou na quinta-feira (28/1) o empresário Guilherme Leal, presidente da Natura, como provável candidato à vice de sua chapa para as eleições presidenciais.

“Há o desejo de ambas as partes, do PV e de grande parte do empresariado brasileiro”, disse em uma entrevista coletiva em Porto Alegre (RS). Marina está na cidade para atividades do Fórum Social Mundial.

Leal disse que a confirmação da chapa passará por um processo de amadurecimento, como a composição de outras candidaturas, que assim como a de Marina, ainda não anunciaram formalmente os vices.

“Quando me filiei foi um gesto político. Tinha o significado de que estou a serviço do movimento que a Marina está promovendo. Os desejos, as disponibilidades políticas estão colocadas, precisam ser amadurecidas”, afirmou o empresário.

Segundo Marina, Leal é um empresário que discutia e se preocupava com a sustentabilidade “quando o tema ainda não era moda”.

A senadora e pré-candidata à Presidência da República minimizou o anúncio do Psol de que não apoiará oficialmente sua candidatura e reafirmou que, apesar da ausência de aliança, vai apoiar a candidatura de Heloísa Helena para o Senado Federal por Alagoas.

Marina também evitou polemizar sobre o apoio que o candidato do PV à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2008, Fernando Gabeira, recebeu do PSDB e do DEM. “São questões regionais.”

A senadora afirmou que como todos os pré-candidatos ainda não definiu uma plataforma de governo, mas que suas propostas deverão reconhecer e manter avanços das duas gestões anteriores, a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em relação às críticas sobre a pouca experiência como gestora, Marina lembrou os mais de cinco anos à frente do Ministério do Meio Ambiente e disse que o debate não pode ser reduzido a esse aspecto.

“Governar um país vai além da gestão. Se bastasse um técnico, com certeza o Lula nunca teria sido presidente, porque ele não tinha experiência de gestão”, lembrou.