Energia super verde: hidrogênio é gerado com som e água


Cientistas criaram um novo tipo de cristal que, quando mergulhado em água, absorve as vibrações do ambiente, criando fortes cargas negativas e positivas em suas extremidades.

As cargas elétricas são suficientes para quebrar as moléculas de água ao redor, liberando hidrogênio e oxigênio.

Energia verde

Parece bom demais para ser verdade: os cristais podem aproveitar uma espécie de poluição - o barulho e as vibrações das ruas e estradas, por exemplo - para gerar o mais verde dos combustíveis, o hidrogênio, que pode abastecer carros ou usinas elétricas liberando apenas água como resíduo.

"É uma espécie de almoço grátis," explica o Dr. Huifang Xu, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. "Você captura energia do ambiente da mesma forma que as células solares capturam energia a partir da luz do Sol."

Efeito piezoeletroquímico

A fotossíntese artificial é um objetivo longamente perseguido pelos cientistas. Recentemente cientistas do MIT utilizaram até um vírus para quebrar as moléculas de água e gerar hidrogênio.

Xu e seus colegas adotaram uma via muito mais simples: eles geraram hidrogênio usando uma nova variedade de cristais piezoelétricos, materiais que geram energia quando pressionados e que estão sendo largamente estudados como uma forma de gerar eletricidade a partir do movimento.

Os novos cristais, contudo, feitos de óxido de zinco, foram projetados para operaram submersos, de forma que a eletricidade que geram, em vez de ser transportada por um fio, é liberada diretamente na água, quebrando as moléculas e liberando o oxigênio e o hidrogênio.

Os pesquisadores batizaram o novo fenômeno de efeito piezoeletroquímico.

Energia das vibrações

Ao crescerem, os cristais assumem a forma de finas microfibras altamente flexíveis. Uma vibração, oriunda de ondas sonoras, por exemplo, é suficiente para dobrá-las, fazendo-as gerar eletricidade.

Os pesquisadores demonstraram que vibrações ultrassônicas fazem as fibras piezoeletroquímicas curvarem suas extremidades entre 5 e 10 graus, criando um campo elétrico com uma tensão suficiente para quebrar as moléculas de água, liberando oxigênio e hidrogênio.

A taxa de eficiência das microfibras de óxido de zinco atinge 18%, medida em termos de sua capacidade de converter as vibrações em energia contida nas moléculas de hidrogênio produzidas. Os cristais piezoelétricos tradicionais apresentam uma taxa de conversão de 10%.

Para aproveitar as vibrações disponíveis em cada ambiente, basta crescer fibras de tamanhos variados, que se tornam sensíveis a frequências diferentes.

Chefe do IAP esclarece dúvidas de agricultores


Irineu Ribeiro, chefe do IAP ERFOZ contribui com o município de São Miguel do Iguaçu com informações sobre a criação de leis de zoneamento para atividades da agroindústria

Foi realizada na Câmara de Vereadores de São Miguel do Iguaçu uma reunião com a secretaria de agricultura, SEAB, Emater, cooperativa Lar, entre outras cooperativas da região, também estava presente o prefeito do município, Armando Polita que apresentou aos agricultores informações atuais sobre a suinocultura e avicultura da cidade.
O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná – IAP Irineu Ribeiro também estava à disposição dos presentes, expondo os aspectos locacionais para instalação de atividades da agroindústria. Um dos principais pontos abordados pelo chefe foi à localização para a implantação de empreendimentos de suinocultura.
As áreas devem ser de uso rural e estar em conformidade com as diretrizes de zoneamento do município. A área do empreendimento, incluindo armazenagem, tratamento e disposição final de dejetos, deve situar-se a uma distância mínima de corpos hídricos, de modo a não atingir áreas de preservação permanente, conforme estabelecido na legislação ambiental vigente”, explicou Irineu Ribeiro, lembrando que de acordo com o Decreto Estadual 5.503, de 21 de março de 2002, os empreendimentos devem ter no mínimo 50 metros de distância das divisas de terrenos vizinhos, podendo esta distância ser inferior quando da anuência legal dos respectivos confrontantes.
Já o prefeito de São Miguel, ajudou os agricultores a entender as competências da secretaria de agricultura da região, formulando junto aos agricultores presentes melhorias para a secretaria, com o objetivo de facilitar o trabalho de ambos os lados.
A ocasião foi uma oportunidade dos empreendedores terem contato direto com o chefe regional, que se colocou a disposição para tirar as dúvidas e distribuir informações de interesse. Ao término da reunião o chefe regional também sugeriu a alteração da secretaria de agricultura, para Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura.

Cientistas não sabem onde está o calor do aquecimento global


As ferramentas de observação atualmente disponíveis não conseguem explicar aproximadamente metade do calor que se acredita estar se acumulando na Terra nos últimos anos.

Enquanto os instrumentos dos satélites artificiais indicam que os gases de efeito de estufa continuam a aprisionar cada vez mais energia solar, ou calor, desde 2003 os cientistas têm sido incapazes de determinar para onde está indo a maior parte desse calor.

Isso leva a uma de duas possibilidades: ou as observações dos satélites estão erradas ou grandes quantidades de calor estão indo para regiões que ainda não são adequadamente monitoradas e medidas, como as partes mais profundas dos oceanos.

Para agravar o problema, as temperaturas da superfície da Terra apresentaram uma forte estabilização nos últimos anos. Contudo, o derretimento das geleiras e do gelo do Ártico, juntamente com a elevação dos níveis do mar, indicam que o calor continua tendo efeitos profundos no planeta.

Calor perdido

Cientistas do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica (NCAR), nos Estados Unidos, advertem que os sensores de satélites, as boias oceânicas e os outros instrumentos são inadequados para rastrear esse calor "perdido", que pode estar se acumulando nas profundezas dos oceanos ou em qualquer outro lugar do sistema climático.

"O calor vai voltar a nos assombrar mais cedo ou mais tarde", diz Kevin Trenberth, um dos autores do artigo que foi publicado na revista Science.

"O alívio que nós tivemos na elevação das temperaturas nos últimos anos não vai continuar. É fundamental rastrear o acúmulo de energia em nosso sistema climático para que possamos entender o que está acontecendo e prever o clima futuro," afirma ele.

Fluxo de energia

Trenberth e seu colega John Fasullo sugerem que o início rápido do El Niño no ano passado - o evento periódico marcado pela elevação da temperatura superficial do Oceano Pacífico tropical - pode ser uma maneira em que a energia "perdida" tem reaparecido.

Outra fonte de informação, mas agindo no sentido oposto, são os invernos inesperadamente frios ao longo dos Estados Unidos, Europa e Ásia, que tem marcado os últimos anos e que as previsões indicam deverão perdurar nos próximos.

Eles afirmam que é imperativo medir melhor o fluxo de energia através do sistema climático da Terra.

Por exemplo, qualquer plano de geoengenharia que queira alterar artificialmente o clima do mundo para combater o aquecimento global pode ter consequências inesperadas, que podem ser difíceis de analisar a menos que os cientistas possam monitorar o calor ao redor do globo.

Calor acumulado nos oceanos

Os dados dos instrumentos dos satélites mostram um crescente desequilíbrio entre a energia que entra na atmosfera a partir do Sol e a energia liberada a partir da superfície da Terra. Este desequilíbrio é a fonte de longo prazo do aquecimento global.

Mas rastrear a quantidade crescente de calor na Terra é muito mais complicado do que medir as temperaturas na superfície do planeta.

Os oceanos absorvem cerca de 90 por cento da energia solar capturada pelos gases de efeito estufa. O restante se divide entre as geleiras, os mares congelados, a superfície não coberta pelo mar e a atmosfera - ou seja, somente uma pequena fração do calor capturado aquece o ar da atmosfera.

E, apesar das medições dos satélites, o calor medido nos oceanos, até uma profundidade de cerca de 1.000 metros, está constante há anos.

Possibilidades de erro

Embora seja difícil quantificar a quantidade de energia solar que chega à Terra com precisão, Trenberth e Fasullo estimam que, com base em dados de satélites, a quantidade de energia acumulada parece ser de cerca de 1 watt por metro quadrado, enquanto os instrumentos oceânicos indicam um acúmulo de cerca de 0,5 watt por metro quadrado.

Isso significa que aproximadamente metade da quantidade total de calor que se acredita ser aprisionado pelos gases de efeito estufa está "desaparecido."

Há muitas possibilidades de erro, e esse "calor perdido" pode ser uma ilusão, dizem os autores.

O não fechamento do balanço global de energia pode ser resultado de imprecisões nas medições por satélites, imprecisões nas medições feitas pelos sensores de superfície ou mesmo do processamento incorreto dos dados, dizem os autores.

Corrigir os satélites ou encontrar o calor perdido

Tudo ia bem até 2003, quando uma frota de robôs submarinos e boias automáticas foi lançada ao mar para coletar dados atmosféricos em um nível nunca antes alcançado.

Em vez de reforçar os modelos climáticos que apontam para o aquecimento global, os novos sensores mostraram uma redução na taxa de aquecimento oceânico, ainda que o desequilíbrio medido pelos satélites continue apontando que o balanço líquido de energia da Terra está aumentando.

Os robôs submarinos da missão Argo também ajudaram a verificar que as mudanças na circulação oceânica não estão ocorrendo como os cientistas previam - veja Correia Transportadora Oceânica não está desacelerando, diz NASA.

Para resolver o mistério, os cientistas propõem duas medidas: aumentar a capacidade dos robôs submarinos, lançando equipamentos mais modernos que possam atingir profundidades entre 1.000 e 2.000 metros, onde o calor pode estar se acumulando, e o desenvolvimento de novas formas de calibrar os sensores dos satélites, uma forma de garantir que suas medições são precisas.

Fonte: Inovação Tecnológica

Missal e Itaipulândia recebem licenças ambientais


O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Irineu Ribeiro entregou em cerimônia nas cidades de Missal e Itaipulândia aproximadamente 100 licenças


Por Lilian Céspedes


Um dos momentos mais esperados para muitos empresários, agricultores e trabalhadores do município de Itaipulândia e Missal chegou: as entregues das licenças ambientais aconteceu durante dois dias (um em cada cidade) nesta semana.

O empresário Agenor Costa (Missal), que possuí uma fábrica metalúrgica fez questão de ressaltar que apesar de ser um momento de grande alegria, não deixa de elogiar a agilidade da equipe do Instituto Ambiental do Paraná – IAP. “O processo da minha Licença de Operação – LO foi rápida, durante o tempo de espera o IAP me deixava informado quanto aos passos da minha licença, e sempre muito prestativos”, contou o empresário de Missal.





Até mesmo o prefeito de Missal, Adilto Luis Ferrari parabenizou a o chefe regional, Irineu Ribeiro, pelo trabalho prestado a Missal. “Nós sabemos que o IAP tem mais de 30 mil processos, e mesmo assim com o município é sempre pontual. A equipe que apóia o Irineu está sendo cada dia mais profissional, levando até o pequeno agricultor segurança e consciência na área ambiental”, elogiou o prefeito.

Itaipulândia

Na cidade vizinha a Missal, a satisfação não poderia ser diferente. Cerca de 100 pessoas participaram da cerimônia de entrega de licenciamentos ambientais, Feita pelo próprio chefe regional.

“Essa é uma nova realidade de parceria entre o IAP e a Friela, pois em poucos dias já tivemos o retorno do IAP. Estou contente com o trabalho da equipe, que provou ser ágil. Este é um voto de confiança que o instituto está dando a muitos trabalhadores”, comentou Egídio Valiatti, proprietário da indústria Friela.





Para Irineu Ribeiro, este foi o resultado do trabalho feito em equipe pelo IAP, a fim de proporcionar segurança quanto à propriedade de cada empresário. “Esse foi mais um passo dado pelo instituto, visando atender todos os processos o mais rápido possível; nós chegamos a emitir licenças no prazo de sete dias, o que sem dúvida é uma maneira de deixar todos que dependem do licenciamento mais tranqüilos, lembrando sempre que a Licença Ambiental é vinculada a instituições financeiras, gerando emprego e renda as famílias”, explicou o chefe regional.

O prefeito de Itaipulândia também não poupou elogios quanto ao IAP, e dizendo que este é um exemplo a ser seguido. “Os agricultores estão sendo presenteados com estas licenças; o IAP provou muita eficiência, desempenhando um ótimo trabalho ao adiantar os processos das licenças”, elogiou o prefeito Lotário Knop.

Telhado inteligente economiza energia em todas as estações


Cubra a sua casa com um telhado claro, capaz de refletir a luz solar, e você terá efeitos opostos conforme a estação. A casa ficará fria no verão, diminuindo a necessidade do ar condicionado, mas ficará gelada no inverno, aumentando o uso do aquecedor.

Escolha telhas pretas e o resultado será inverso, com uma casa quentinha no inverno mas tórrida no verão.

Ou seja, mesmo querendo aderir a uma construção mais ambientalmente correta, será difícil escapar do consumo de energia numa ou noutra estação. Não dá para ter as duas coisas ao mesmo tempo.

"Telhado inteligente"

Mas essa situação se refere apenas aos telhados "burros" atuais, cuja única propriedade variável é a capacidade de absorção ou reflexão da luz solar dadas pela sua cor.

Um grupo de engenheiros dos Estados Unidos lançou agora o conceito de "telhado inteligente", capaz de "ler" um termômetro e ajustar suas propriedades de acordo com a temperatura.

Fabricado com um material derivado do óleo de cozinha usado, o revestimento muda automaticamente de característica, passando para a reflexão ou para a absorção do calor solar quando a temperatura exterior atinge um valor específico predeterminado, que pode ser ajustado às condições climáticas locais.

Telhados revestidos com o novo material serão capazes de refletir a abrasadora luz do Sol do verão, diminuindo os gastos com ar condicionado. Durante o inverno, o material passa a absorver o calor, ajudando a aquecer o interior da residência e diminuindo os gastos com aquecimento.

Biorrevestimento

"Este é um dos materiais de revestimento de coberturas mais inovadores e práticos desenvolvidos até hoje," afirma o Dr. Ben Wen, líder do projeto de pesquisa.

"Este biorrevestimento de telhado inteligente, em comparação com um telhado tradicional, é capaz de reduzir os custos de aquecimento e de refrigeração ao mesmo tempo, uma vez que ele responde ao ambiente externo. Além disso, proporcionará um novo uso para milhões de litros de óleo usado," diz ele.

Os testes mostraram que revestir um telhado com a cobertura à base de óleo reciclado pode reduzir a temperatura das telhas de 50 a 80% nos meses mais quentes do ano.

Durante o inverno, o revestimento pode aumentar a temperatura do telhado em até 80 por cento em comparação com os telhados tradicionais.

"Mesmo que a temperatura do teto seja reduzida ou aumentada em uns poucos graus, dependendo da temperatura exterior, essa mudança pode fazer uma grande diferença na conta de energia", argumenta Wen.

Processamento do óleo de cozinha

Para fabricar o revestimento, o óleo de cozinha usado é transformado em um polímero líquido que endurece após a aplicação. Ao contrário do óleo descartado, que pode trazer consigo o cheiro das frituras, o polímero resultante é praticamente inodoro.

Os fabricantes poderão produzi-lo em qualquer tonalidade, variando do claro ao preto, dependendo dos aditivos usados. Segundo Wen, mesmo sendo um plástico, o material é não-inflamável e atóxico.

Wen adverte contra tentativas de jogar óleo de cozinha usado sobre o telhado na tentativa de conseguir um efeito similar. Isso porque o óleo de cozinha comum não irá se transformar em um polímero e não irá endurecer, além de não conter o ingrediente para controlar os níveis de luz infravermelha e ainda representar um risco de incêndio para a casa.

O próximo passo da pesquisa é monitorar a durabilidade do material. Embora falem em "vários anos", os pesquisadores afirmam que a cobertura poderá ser reaplicada se deteriorar.

Eles esperam ter o produto pronto para comercialização dentro de três anos.

Saneamento do Brasil é um dos piores do mundo


A vida pacata de Zenilda Barbosa Firmino, moradora há 25 anos do Núcleo Rural Taquara, a cerca de 50km do Plano Piloto, nada tem a ver com o horror terrorista do Afeganistão, a matança provocada pela guerra civil no Timor Leste ou a fome que dizima milhares no Sudão. Em um ponto, porém, a realidade da mulher de 54 anos se aproxima muito do ambiente vivenciado nesses países marcados por miséria extrema. É que no Brasil apenas 23,1% da população rural têm acesso a esgotamento sanitário — índice pior que o da Nigéria, por exemplo, onde 25% dos moradores do campo são atendidos com serviços adequados de saneamento. Os dados nacionais constam do mais recente relatório de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que foram comparados com as estatísticas oficiais de outras nações pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Diante de tal quadro, é consenso entre especialistas que uma das oito metas do Projeto ODM — reduzir pela metade, até 2015, a proporção de pessoas sem acesso permanente a água potável e a esgotamento sanitário — dificilmente será atingida pelo Brasil caso o atual ritmo de melhora seja mantido. Na prática, isso significa chegar a 44,85% de excluídos do serviço de esgoto na área rural em cinco anos. Só que, entre 1992 e 2008, tal índice caiu pouco: de 89,7% para os atuais 76,9%. Quase metade de todos os moradores do campo no país — cerca 30 milhões de pessoas, ou 16% da população brasileira — utiliza fossas rudimentares, 5,6% depositam seus dejetos em valas e 3,1% jogam direto em rios, lagos ou no mar. Para 21%, o drama é ainda pior: eles simplesmente não contam com nenhuma forma de se livrar do esgoto (veja quadro).

“Historicamente a área rural é largada à própria sorte, inclusive no saneamento. Os índices no setor simplesmente não condizem com a oitava economia do mundo. Países como Chile, Argentina e Uruguai têm realidades melhores que a nossa”, protesta Cassilda Teixeira de Carvalho, presidenta da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Ela defende uma mudança gerencial, de cultura e de mentalidade para driblar o problema. “É isso que falta nas políticas públicas, mais do que uma carência de recursos financeiros”, alfineta.

Obstáculos

Para as instâncias do governo federal ligadas ao setor — que não negam a deficiência —, são vários os obstáculos a serem vencidos a fim de garantir o esgotamento sanitário adequado fora das cidades. Entre os principais, estão distância, pulverização geográfica das residências e dinheiro. “O custo da infraestrutura para atender uma comunidade pequena acaba se tornando inviável financeiramente. Temos que trabalhar com alternativas tecnologicamente adequadas”, afirma Sérgio Gonçalves, do Departamento de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades.

Coordenador de Engenharia Sanitária da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Pedro Villar reafirma o problema de financiamento, embora destaque que o orçamento a ser gasto na área vem, aos poucos, aumentando. “Não digo escassez, mas há limitação de recursos”, diz o engenheiro da entidade, cuja tarefa é atender, na área do saneamento, municípios com menos de 50 mil habitantes e vilas rurais de até 2,5 mil moradores, além de quilombolas, indígenas, ribeirinhos e assentados.

Walder Suriani, superintendente executivo da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), não duvida da dificuldade financeira de implementar equipamentos adequados de esgoto na área rural. “Nossos investimentos, falando como companhia, precisam ter retorno, ter a tarifa. Exatamente por esse motivo é que a União e os governos estaduais e municipais devem entrar pesado no setor se quiserem garantir condições mais saudáveis para a área rural e o meio ambiente”, diz Suriani.

Sonho

Tal intervenção é sonho antigo de Zenilda. Em sua casa no Núcleo Rural Taquara, com mais três residências dentro do mesmo lote, ela mostra sua fossa no quintal, praticamente colada à janela de um cômodo. “Seria bom se fosse mais longe um pouco da gente, talvez lá na rua. Mas desde que eu vim para cá é assim, ninguém do governo nunca veio perguntar sobre isso”, afirma.

Há alguns meses, a mulher, que vive com o marido e um filho, de 21 anos, na zona rural de Brazlândia tenta juntar dinheiro para reformar a fossa que recebe os dejetos do banheiro. “Aos poucos as bordas estão caindo”, diz, apontando para o cimento no chão. Um outro cano, por onde é escoada a água das torneiras da casa, esse a céu aberto, também preocupa Zenilda. Em tempos de dengue e com muitas crianças morando nas três residências dentro do lote, o acúmulo de água no quintal pode ser um chamariz para o mosquito Aedes aegypti. Com o solo molhado por conta das chuvas dos últimos dias, o processo de infiltração na terra torna-se ainda mais lento e demorado.

Compromisso

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) foram definidos durante a Cúpula do Milênio, em Nova York, em 2000, quando líderes de 191 nações oficializaram um pacto para tornar o mundo mais solidário e mais justo até 2015. Para mensurar o sucesso desse grande projeto humanitário, foram definidas oito metas, que ficaram conhecidas como ODMs. Elas dizem respeito ao fim da miséria e da fome; educação básica de qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; redução da mortalidade infantil; melhoria da saúde das gestantes; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; combate à Aids, malária e outras doenças; além de formalizar parcerias pelo desenvolvimento.




Fonte: Correio Brazilianse .

Chefe IAP Irineu Ribeiro prestigia Festa do Peixe


A festa que aconteceu no último domingo em São Miguel do Iguaçu contou com participantes de toda a região


Foi um grande sucesso. O público lotou as dependências do Centro de Eventos da Igreja Matriz para prestigiar a 2º Festa do Peixe de Água Doce, promovida pela DRS – Desenvolvimento Regional Sustentável Piscicultura de São Miguel do Iguaçu.


Entre os parceiros responsáveis pelo sucesso deste evento o Banco do Brasil, Itaipu Binacional, Instituto Ambiental do Paraná - IAP, EMATER, SEAB, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ACABCO, Prefeitura Municipal de São Miguel do Iguaçu, Câmara Municipal, APROSMI, ACISMI, Colônia dos Pescadores Z-11, Pescados São Miguel, ARENASMI, Colônia de Pescadores Z-12-PR e SEAP/PR., Lions e Rotary Clube, entre outros.








O chefe regional do IAP, Irineu Ribeiro, ressaltou a grande presença do público e o trabalho dos organizadores.

“Este evento é motivo de orgulho, pois fazer parte dele é uma gratificante experiência. Além disso, o mesmo tem como finalidade incentivar a produção e o consumo de peixe”, contou.


Segundo Irineu Ribeiro, o incentivo que o DRS e as instituições parceiras da Festa do Peixe estão fazendo, é significativo, tanto para a comunidade local e regional, podendo servir como projeto piloto para outras regiões e até mesmo outros países. “Esse é um exemplo de racionalidade e de modelo de desenvolvimento sustentável”, finalizou o chefe regional.






Com uma variedade de pratos como: Peixe a Role – Tilápia; Carpa Assada; Rocanbole (polpa de pacu); Lasanha de Mandioca (polpa de pacu); Torta salgada (polpa de pacu); Bolinhos de Pacu (polpa de pacu); Arroz branco, Risoto de peixe, Purê de Mandioca, saladas e sobremesas, entre outras, esta é uma festa que já faz parte do calendário regional.

Plásticos condutores podem derrubar preços dos painéis solares

Uma nova técnica de fabricação de plásticos condutores de eletricidade, pode ser um caminho promissor para reduzir o custo de fabricação de painéis solares e para viabilizar a fabricação de inúmeros outros gadgets mais cômodos de se usar.

Plásticos condutores

Os plásticos translúcidos, maleáveis e capazes de conduzir eletricidade como se fossem metais representam uma alternativa de baixo custo ao óxido de índio-estanho, o caríssimo material utilizado atualmente nos painéis solares.

"Os polímeros condutores [plásticos] estão por aí há bastante tempo, mas processá-los para fabricar alguma coisa útil degrada sua capacidade de conduzir eletricidade," afirma Yueh-Lin Loo, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. "Nós descobrimos como evitar esse inconveniente. Nós podemos moldar o plástico em formas úteis, mantendo sua alta condutividade."

Perda de condutividade

A área da eletrônica orgânica é promissora tanto para a produção de novos tipos de dispositivos eletrônicos quanto para o desenvolvimento de novas formas de produção das tecnologias existentes.

Mas ela tem sido prejudicada pela "misteriosa" perda de condutividade que ocorre quando esses plásticos à base de carbono - daí o termo "orgânico" - são moldados.

Agora, o grupo internacional de pesquisadores descobriu que dar flexibilidade aos plásticos condutores tem um efeito oposto sobre sua estrutura atômica, aprisionando-a em blocos rígidos que impedem que a corrente elétrica flua.

Transístor de plástico

Assim que desvendaram a origem do problema, Loo e seus colegas desenvolveram uma maneira de relaxar a estrutura do plástico tratando-o com um ácido depois que o material já foi moldado na forma desejada.

Usando esta técnica, eles construíram um transistor de plástico, o componente fundamental da eletrônica, usado para amplificar os sinais eletrônicos e para funcionar como uma chave liga-desliga para a corrente elétrica.

Os eletrodos do transístor foram depositados sobre a superfície de silício por uma técnica de impressão, de forma similar à que uma impressora jato-de-tinta utiliza para depositar a tinta sobre o papel - com a diferença de que a "tinta" usada era o polímero condutor de eletricidade.

Atualmente, a eletricidade gerada pelas células solares plásticas, ou orgânicas, é coletada por um fio metálico transparente, feito com óxido de índio-estanho. O condutor deve ser transparente para que a luz solar possa passar através dele e atingir os materiais que realmente absorvem os fótons.

Circuitos eletrônicos impressos

"Ser capaz de essencialmente pintar circuitos eletrônicos é algo muito significativo. Você poderia distribuir os plásticos condutores em cartuchos, como se vende hoje tinta da impressora, e você não precisa de máquinas exóticas para imprimir os padrões," disse Loo, ressaltando que isso torna a fabricação em série de circuitos eletrônicos tão rápido e barato quanto imprimir um jornal.

Isso permitiria, por exemplo, uma dupla redução no custo das células solares - tanto pela sua fabricação em rolos, em alta velocidade, quanto pela substituição do óxido de índio-estanho por um plástico de custo muito mais baixo.

Esse óxido é um subproduto da mineração de outros metais, e vem tendo sua demanda extremamente elevada nos últimos anos porque ele é essencial para a fabricação de telas planas, seja para televisores, telefones celulares ou outros aparelhos. Isto tem praticamente contrabalançado todos os avanços técnicos na fabricação de células solares, impedindo que seus preços caiam.

"O custo do óxido de índio-estanho está subindo rapidamente," disse Loo. "Para reduzir os custos das células solares orgânicas, temos de encontrar um substituto para ele. Nossos plásticos condutores deixam a luz solar passar, tornando-se uma alternativa viável."

Indicador de infecção

Os pesquisadores afirmam que os plásticos condutores também podem substituir outros metais caros usados em outros dispositivos eletrônicos, como nas tão esperadas telas flexíveis e enroláveis.

Além disso, os cientistas estão começando a explorar a utilização dos plásticos condutores na fabricação de sensores biomédicos capazes de mudar de cor se uma pessoa tiver uma infecção.

Por exemplo, esses plásticos passam de amarelo para verde quando expostos ao óxido nítrico, um composto químico produzido nas infecções de ouvido que ocorrem tão frequentemente em crianças.


Fonte: Inovação Tecnológica