

Momento da assinatura dos representantes dos frigoríficos/Foto: Reprodução Greenpeace
A ONG Greenpeace assinou com os frigoríficos Marfrig, Bertin, JBS-Friboi e Minerva (os maiores do país) um compromisso para que estas empresas deixem de comprar carne de produtores que contribuem com o desmatamento da floresta. O acordo foi firmado na segunda-feira, 5 de outubro. Segundo a entidade, 80% das áreas desmatadas na Amazônia são ocupadas pela pecuária.
Para o diretor da campanha do Greenpeace, Paulo Adário, este é um passo fundamental no combate ao desmatamento. "É incrível que o principal setor responsável pelo desmatamento esteja comprometido com a integridade da floresta", destacou.
Pecuária em áreas de preservação ajudam a desmatar a Amazônia
Segundo ele, o compromisso inclui uma agenda com seis pontos, como o monitoramento do desmatamento na cadeia produtiva e cadastro de todas as fazendas produtoras. "O prazo depende do tipo de fornecedor. Para o boi de corte, os frigoríficos têm seis meses para identificar todas as fazendas. Já para os criadores de bezerros, por exemplo, são dois anos", explicou Adário.
O compromisso firmado pelas empresas também deverá refletir na política externa brasileira. De acordo com Adário, durante a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), que será realizada em dezembro, na Dinamarca, "será positivo para a imagem do país mostrar que seus maiores produtores estão comprometidos com o meio ambiente".
De acordo com estudos do Greenpeace, um hectare da floresta é transformado em pasto para gado a cada 18 segundos. Para o diretor da ONG, Marcelo Furtado, o consumidor brasileiro poderá, em breve, comprar carne com a certeza de que não está contribuindo para o desmatamento. "É segurança para o consumidor, que saberá exatamente que está comprando sem agredir o meio ambiente", ressaltou.
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